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Tabanez esclarece posse de armas e é liberado em depoimento à PF.

O ex-parlamentar foi conduzido para prestar esclarecimentos sobre duas armas de calibre permitido, sem o recadastramento, sendo liberado logo em seguida.

Foto - Arquivo CLDF

Escrito por Celso Alonso - *Texto, 100% sem auxílio de IA

Após a veiculação da matéria, de que o empresário e policial civil aposentado Carlos Alberto Rodrigues Tabanez foi alvo busca e apreensão, na Operação Dissimulo, mandado expedido pela justiça e cumprido pela Polícia Federal, em parceria com Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal, e que culminou, segundo reportagens, na sua “prisão por posse ilegal de arma de fogo”, o empresário emitiu nota de esclarecimento para relatar os “verdadeiros fatos não narrados nas referidas notas jornalísticas”, que segundo ele, “mais uma vez, só noticiaram o que lhes foi conveniente e não o que de fato aconteceu durante a operação deflagrada pela PF, na manhã dessa terça-feira (11/01)."

Logo nas primeiras horas da manhã daquele dia, Tabanez como é popularmente conhecido no Distrito Federal, foi surpreendido em sua residência por policiais federais que buscavam elementos que o vinculasse a uma empresa acusada de “de facilitar a fuga de presos em presídio do nordeste e fraude em licitação pública”.

Segundo Tabanez, em 2024 um jornalista, hoje correspondente de um site de grande visualização, de forma “falsa”, produziu uma matéria que o vinculava à empresa R7, acusada de facilitar fuga de presos do presídio de Mossoró, ocorrida em fevereiro daquele ano. Diante da repercussão do caso a empresa possou a ser investigada, também, por fraude em licitação pública. A matéria relatava que o empresário “era suspeito de ser sócio oculto da empresa R7”. Além disso, Tabanez afirma que o jornalista, “de forma tendenciosa”, ainda o vinculava a outras empresas “sem apresentar quaisquer provas que embasasse a sua pauta jornalística”. O empresário foi investigado e até o momento, e nenhum indício de prova foi encontrado.

Tabanez entendeu como perseguição político-partidária a produção das matérias produzidas pelo jornalista, uma vez que, em seus relatos, sempre o intitulava como “bolsonarista e suspeito de ser sócio oculto da empresa R7”.

A referência “bolsonarista” nas matérias, segundo Tabanez, caracteriza uma perseguição política desferida por “grupos esquerdistas” que tentam a todo custo desestabilizar todos os de direita e que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro, atribuindo a esses, todos e quaisquer tipos de atos censuráveis.

Ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do ex-deputado Carlos Tabanez - Foto: reprodução

De acordo com Tabanez, contra o jornalista que produziu as matérias, foi ajuizada ação criminal de n.º 0709805-06.2024.8.07.0007. Além dele, outros jornalistas que replicaram a matéria também foram citados judicialmente. Em sentença, um dos jornalistas que replicou as pautas, fez acordo com a justiça e além de pagar indenização a Tabanez, ainda foi obrigado a produzir matéria de retratação pelas afirmações publicadas.

Trechos da ata de audiência entre Tabanez e um dos jornalistas:



“Quando chamado para depor em delegacia, o jornalista que iniciou as perseguições se reservou ao direito de ficar calado. Já na ação de interpelação judicial para apresentar provas da veracidade das denúncias, o jornalista não respondeu à ação e dificultou a sua localização para não receber intimação, isso por aproximadamente um ano, só conseguindo, a justiça, intimá-lo apenas no início deste ano. Agora ele vai responder na justiça pelas falsas afirmações que ele não tem como provar, porque eu não sou sócio dessa e de nenhuma empresa por ele narrada e ainda não tenho qualquer envolvimento com supostos casos ligados à aquela ou quaisquer outras empresas investigadas", afirmou Tabanez.

Durante as buscas em sua residência, que tinha a intenção de levantar provas de qualquer vínculo entre Tabanez e a empresa R7. O empresário informou que os agentes não encontraram nada que o vinculasse à investigação. Segundo ele, foi disponibilizado aos agentes as senhas de telefones pessoais e e-mails. Ainda, segundo o empresário, os agentes ao constatarem que na residência tinha uma quantidade considerável de armas de fogo, passaram a conferir cada armamento para saber da sua regularidade. “Foi então que perceberam dois revólveres de calibres permitidos, que estavam sem o devido recadastramento junto à PF, por esquecimento.”


Registro da identificação das armas sem o recadastramento junto a PF

Em virtude das duas armas sem o devido recadastramento, os agentes o conduziram à sede da PF “para esclarecimentos”, sendo liberado logo em seguida, ao contrário do que foi noticiado que: “Fraude em licitação: ex-deputado bolsonarista é preso por posse ilegal de arma”.

Ao ser ouvido pela autoridade policial, Tabanez respondeu todos os questionamentos, colaborando integralmente com os policiais, ato que lhe é peculiar, devido ter exercido a função de policial com uma carreira brilhante de aproximadamente trinta anos, até se aposentar. Após os procedimentos legais, foi arbitrada fiança no valor de R$ 2 mil, devidamente paga pelo empresário, permitindo assim a sua liberação imediata.

“Por ser policial com aproximadamente 30 anos de carreira, sempre pautei minha vida em cumprir o que determina a legislação e não seria diferente desta vez. Cumpri o que me foi determinado, respondi todos os questionamentos e fui liberado conforme determina a lei. Acredito que isso é o mínimo que um cidadão deve fazer ao ser interpelado por autoridades”, Carlos Tabanez.

Carlos Tabanez é policial civil aposentado, que acumula várias honrarias por relevantes serviços prestados à instituição, entre os quais, por ser um dos responsáveis pela formação e capacitação dos policiais à época. Ele ainda foi lotado por vários anos na Divisão de Operações Especiais, uma das divisões de maior importância no combate a crimes investigados pela PCDF. É empresário do ramo de segurança e diretor de um dos maiores clubes de tiros no DF. Além disso, é atirador, colecionador e caçador desde 1989, o que justifica o armamento guardado em sua residência, todos devidamente registrados conforme determina a legislação.

Em relação aos motivos da busca e apreensão em sua residência, Tabanez reafirmou que está à disposição da justiça para esclarecer quaisquer dúvidas em relação à suspeita de envolvimento em atos, que qualifica como censuráveis. “Sempre tive minha vida pautada pela ética e compromisso com a verdade. Por estas razões que me tornei a pessoa que sou atualmente. Sou um homem abençoado por Deus e não tenho qualquer dificuldade de esclarecer esses fatos que fui citado. Sendo assim, toda vez que for interpelado, estarei pronto para esclarecer os fatos”, afirmou.

Tabanez é empresário e influente político no Distrito Federal. Foi deputado distrital suplente na legislação passada e ocupou por um período a cadeira parlamentar. Além disso, desenvolve ações sociais em várias regiões carentes do DF, entre as quais Estrutural, Sol Nascentes, Itapuã, entre outras cidades. Dos projetos sociais de destaque executados por Tabanez, estão o “Abrindo Horizontes”, que propicia cursos livres a pessoas de comunidades com pouco acesso à qualificação profissional, e o “Visão para Todos”, que realiza exames de vista e doação de óculos para crianças carentes. O projeto já realizou mais de 7 mil exames de vista, além da doação de óculos.

Procurados para se pronunciarem, os jornalistas mencionados não foram encontrados e/ou não retornaram o contato até o fechamento da matéria.

Confira a nota emitida pela defesa de Tabanez:

Nota de Esclarecimento

“Em face das recentes publicações noticiando a prisão do ex-deputado distrital Carlos Tabanez, esta nota visa esclarecer pontos relevantes que não foram devidamente esclarecidos.

Na data de hoje, por volta das 6h30min, agentes da Polícia Federal cumpriram mandado judicial de busca e apreensão na residência do Sr. Carlos Tabanez. O referido mandado tinha como objetivo a coleta de eventuais elementos que pudessem vinculá-lo à suposta propriedade ou gestão oculta da empresa R7.

Importa esclarecer que o Sr. Carlos Tabanez franqueou integralmente o acesso dos agentes à sua residência, bem como disponibilizou todos os seus dispositivos eletrônicos, incluindo celulares e senhas, para análise. Nenhum elemento de prova relevante foi encontrado que comprove qualquer relação entre o Sr. Carlos Tabanez e a mencionada empresa.

Durante a diligência, também foi realizada vistoria no acervo de armas de fogo do ex-deputado, armas estas devidamente registradas, porém, mesmo tendo o antigo registro duas armas não foram efetuados os novos registros junto à Polícia Federal devido a alterações decorrentes da transição do governo federal.

O ex-deputado foi conduzido à delegacia para prestar os devidos esclarecimentos sobre as armas, tendo colaborado integralmente com as autoridades competentes durante o depoimento. Após os procedimentos legais, foi arbitrada fiança, que fora devidamente paga, permitindo a sua liberação imediata, conforme previsto na legislação.”

 



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