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Pix: ala do Centrão avalia “falta de vontade” de Lula de governar

Para o presidente do PP, Ciro Nogueira, o presidente “não pode chegar para resolver os problemas” quando os problemas estão “sem solução”

Arte/Metrópoles

Uma ala do Centrão avalia que “falta vontade de governar” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comentar a decisão do Executivo de voltar atrás e revogar a norma da Receita Federal sobre o monitoramento de transações financeiras, o que incluía as movimentações via Pix. O Planalto recuou da medida depois de ser alvo de uma enxurrada de críticas e da desinformação espalhada.

Para ex-ministro da Casa Civil da gestão Bolsonaro e presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), o “grande problema” do governo Lula 3 atualmente é o próprio Lula. Na sua visão, o petista precisa ter “mais aptidão” e “acompanhar as coisas desde o início”.

A polêmica do PixA instrução normativa da Receita Federal previa que transações via Pix que somassem pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas (as empresas) seriam informadas ao Fisco.

Segundo o órgão, as normas sempre foram as mesmas, sendo apenas incluído o novo sistema de pagamentos.

Apesar disso, o governo federal foi fortemente acusado de fechar o cerco à classe média e aos autônomos, enquanto a Fazenda alega que a medida é direcionada aos grandes sonegadores.

A crise chegou ao Palácio do Planalto e mexeu com a agenda do presidente. Na semana passada, ele publicou um vídeo para desmentir a desinformação sobre a taxação do Pix.

Após reunião nessa quarta, fora da agenda, de Lula com os ministros Fernando Haddad e Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União, e o secretário especial da Receita, Robinson Barreirinhas, foi anunciada a revogação da medida.

“O grande problema do governo é o presidente. O presidente tem que ter vontade de governar. Não pode chegar para resolver os problemas quando os problemas estão sem solução. Tem que ter mais aptidão, vontade. Acompanhar as coisas desde o início, e isso não está acontecendo”, disse Ciro Nogueira ao Metrópoles.

O “cansaço” político de Lula e as reformas para 2026

A menos de dois anos da eleição presidencial de 2026, o diagnóstico de um Lula “cansado” é verbalizada por líderes partidários do Congresso desde antes da crise de comunicação envolvendo o caso das transações do Pix.

Não é um cansaço por falta de disposição física, mas pelo petista não entrar mais de maneira tão direta na articulação política como fez em seus dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010.

Em dezembro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), verbalizou a interlocutores que o Lula dos dois primeiros mandatos que promovia “churrascos” com lideranças de partidos e eventos no Palácio do Alvorada e na Granja do Torto “não existe mais”.

Para uma ala do Congresso, o presidente da República vai precisar aumentar seus esforços no campo político e de negociação caso queira chegar fortalecido para buscar um quarto mandato a frente do Brasil. Isso passa, necessariamente, por uma reforma ministerial, que está sendo desenhada desde o fim do ano passado e deve ser concretizada depois da eleição do novo comando do Congresso.

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