TRE-SP considerou que Zambelli usou indevidamente os meios de comunicação. Cabe recurso ao TSE
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Parlamentares de direita saíram em defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nesta quinta-feira (30/1). A congressista teve o diploma cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) nesta quinta. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A decisão da Justiça Eleitoral — que também tornou Zambelli inelegível por oito anos, a partir do pleito de 2022 — avaliou que ela fez uso indevido dos meios de comunicação e praticou abuso de poder político.
“Quem tem que cassar parlamentar é o eleitor nas urnas. Não tribunais. A perseguição à todos da direita é clara, óbvia e absurda. Minha solidariedade à deputada”, escreveu o senador Jorge Seif (PL-SC).
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou que Zambelli está sendo perseguida e que a decisão teria utilizado “fatos totalmente fora do processo”. Já Marcel van Hattem (Novo-RS) afirmou que dará suporte para “reverter as injustiças contra colegas parlamentares”.
No Metrópoles, o colunista Igor Gadelha mostrou que a parlamentar está pedindo o apoio público de seus aliados.
Entenda a ação
A ação foi proposta pela também deputada federal Sâmia Bomfim (PSol), sob a alegação que Zambelli divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022.
Segundo o voto vencedor no julgamento, proferido pelo desembargador Encinas Manfré, que é o relator do processo, Zambelli “fez publicações para provocar o descrédito do sistema eleitoral e a disseminação de fatos inverídicos”.
O magistrado citou algumas publicações feitas nas redes da parlamentar, em 2022, com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema eleitoral brasileiro, a exemplo da falsa notícia de manipulação das urnas eletrônicas em Itapeva, no interior do estado, durante a cerimônia de carga e lacração do pleito de 2022.