As fraudes são investigadas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
PEDRO IFF/METRÓPOLES
Investigada por furtar bilhetes premiados da Mega-Sena e da Lotofácil, a ex-atendente de uma lotérica se disse arrependida dos atos. O caso foi revelado em primeira mão pela coluna nesta terça-feira (21/1).
A declaração foi dada pela autora após os clientes e o proprietário do estabelecimento descobrirem os golpes. A mulher deu detalhes de como agiu para enganar os vencedores da loteria.
Ela afirmou ter dito para a cliente que faturou a quina na Mega-Sena que o bilhete dela não estava premiado e que a questionou se poderia rasgar o papel. Com a afirmativa da vítima, a funcionária fingiu rasgar o bilhete. Depois, escondeu o papel no bolso da calça e, logo em seguida, passou para a capinha do celular.
Na parte da tarde, o esposo da vítima chegou falando que tinha registrado ocorrência. Ao perceber que o casal estava falando dela, a mulher chegou a ajudar a procurar o bilhete no lixo.
Histórico
A atendente da lotérica, localizada no Distrito Federal, admitiu ter desviado não apenas um bilhete premiado da Mega-Sena, mas também um prêmio anterior de um bolão da Lotofácil.
No caso mais recente, ocorrido em 13 de janeiro, a suspeita verificou que um bilhete apresentado por uma cliente estava premiado e valia cerca de R$ 34 mil.
Em seguida, afirmou falsamente que o bilhete não tinha prêmio, simulou rasgá-lo e o guardou. Mais tarde, ao perceber que a cliente havia descoberto a fraude e retornado à lotérica, a atendente tentou descartar o bilhete, rasgando-o completamente, mas a fraude foi registrada pelas câmeras de segurança.
Durante o depoimento, a atendente confessou também ter desviado outro prêmio, no valor de R$ 451, referente a um bolão da Lotofácil, no início de janeiro. Ela afirmou que usou o mesmo esquema, enganando um cliente que acreditou que o bilhete não estava premiado. Dias depois, no horário de almoço, a atendente resgatou o prêmio em uma agência bancária. Após a confissão, a suspeita foi demitida por justa causa.
Arrependida, a funcionária se dispôs a colaborar com as investigações e apresentar provas sobre o segundo caso. Ambas as fraudes são apuradas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).