A lei Laken Riley homenageia uma vítima de crime cometido por imigrante e simboliza a prioridade de Trump neste início de gestão
Greg Nash-Pool/Getty Images)
O recém-iniciado governo de Donald Trump nos Estados Unidos fez valer a maioria republicana nas duas casas do Congresso do país e aprovou, na noite desta quarta-feira (22/1), uma lei que simboliza a prioridade da nova administração: a autorização para a deportação de imigrantes ilegais acusados de terem cometido crimes.
O que está acontecendo:
- Cumprindo um de seus principais compromissos de campanha, o novo presidente dos EUA, Donald Trump, está apertando o cerco contra imigrantes ilegais.
- Nesta quarta, o Congresso dos EUA terminou de aprovar a lei Laken Riley, que permite a deportação de imigrantes ilegais acusados de terem cometido crimes — mesmo sem julgamento.
- Mais cedo, Trump fechou a fronteira dos EUA com o México para imigrantes. Ele já havia ordenado a descontinuação de um aplicativo do governo para que os candidatos à imigração fizessem um cadastro.
- O republicano também decretou emergência nacional na fronteira Sul e está enviando milhares de militares para a região.
A lei Laken Riley, que deverá ser a primeira a ser sancionada por Trump após aprovação pelos parlamentares, ganhou esse nome em homenagem a uma estudante morta em 2024 na Geórgia por um imigrante ilegal saído da Venezuela. Esse caso foi muito usado por Trump em sua campanha vitoriosa à presidência dos EUA.
O que a lei vai mudar é que os imigrantes ilegais poderão ser deportados ainda durante o processo judicial, sem necessariamente terem que ser julgados e condenados.
Para serem atingidos pela nova lei, os imigrantes ilegais terão de ser acusados por crimes como homicídio, latrocínio, lesão corporal, roubo e furto.
A lei, que passou pelo Senado dos EUA na segunda-feira (20/1), foi aprovada nesta quarta, na Câmara, por 263 votos a 156.