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Elon Musk no governo Trump: o que se sabe e o que falta saber sobre seu futuro cargo

Junto com o empresário Vivek Ramaswamy, Musk vai liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental, segundo anunciou Donald Trump nesta terça-feira (12).

Por BBC

Elon Musk participou de alguns comícios de Trump durante a campanha — e agora continuará acompanhando o republicano na Casa Branca — Foto: Reuters/via BBC

Uma semana após Donald Trump conquistar um segundo mandato na Casa Branca, os contornos de sua nova presidência começam a tomar forma.

O presidente eleito já anunciou quase uma dúzia de nomes que formarão sua equipe na Casa Branca.

Trump anunciou que o bilionário vai trabalhar em um novo Departamento de Eficiência Governamental, com o objetivo de "desmantelar a burocracia governamental", impulsionar "uma reforma estrutural em larga escala" e cortar gastos.

Musk liderará este departamento com o empresário da tecnologia e ex-candidato presidencial republicano Vivek Ramaswamy.

Mas ainda não está claro como será este órgão e nem sua duração.

Musk e Ramaswamy receberam o prazo de julho de 2026 para realizar este trabalho. Entretanto, não se sabe se seus cargos também expirariam nessa data.

Na rede social X (ex-Twitter), da qual é dono, Musk comemorou a nomeação com frases como "Tornando o governo divertido novamente!" e "As pessoas não têm ideia do quanto isso vai fazer diferença".

O bilionário também escreveu que "todas as ações do Departamento de Eficiência Governamental serão publicadas on-line para haver máxima transparência".

'As pessoas não têm ideia do quanto isso vai fazer diferença', disse Musk sobre seu novo cargo — Foto: Reuters/via BBC

Musk tem sido uma presença constante na sede da transição do governo Trump em Mar-a-Lago.

De acordo com relatos da imprensa americana, o bilionário tem aconselhado o republicano sobre indicados para o gabinete e até mesmo se juntou a uma conversa entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na semana passada.

O comitê de ação política de Musk gastou cerca de US$ 200 milhões (mais de R$ 1,1 bi) na campanha presidencial de Trump, e ele promete continuar a financiar os esforços para promover a agenda do presidente eleito e ajudar os candidatos republicanos nas próximas eleições para o Congresso.

O CEO (diretor executivo) da Tesla subiu ao palco em comícios republicanos e, nos últimos dias da campanha, sorteou US$ 1 milhão por dia entre eleitores de Estados-chave na eleição — um esquema que os críticos dizem ser equivalente a comprar votos e que foi contestado nos tribunais.

O bilionário de 53 anos estava com Trump em Mar-a-Lago, residência do ex-presidente na Flórida, na noite da eleição.

Nesta terça-feira, Trump anunciou também a nomeação de Pete Hegseth, apresentador do canal Fox News e veterano de guerra, como secretário de Defesa.

Enquanto isso, resta saber onde Robert F. Kennedy Jr., outra figura-chave, pousará.

Trump disse que planeja dar ao ex-democrata um papel para tornar os EUA "saudável" novamente. Robert F. Kennedy Jr. é ativista antivacinas e abandonou sua candidatura independente para apoiar o republicano.

"Ele quer fazer algumas coisas, e vamos deixá-lo fazer isso", disse Trump em seu discurso de vitória nas eleições.

No Congresso, os republicanos já conquistaram o Senado e estão se aproximando da maioria na Câmara dos Representantes.

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