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Engenheira morre após ser atropelada por rolo compressor de obra em Macaé

Rafaela Martins de Araújo, de 27 anos, chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos; o caso está sendo investigado pela 123ª DP

Por O GLOBO — Rio de Janeiro

Rafaela Martins de Araújo, de 27 anos — Foto: Reprodução / redes sociais

Uma engenheira, de 27 anos, morreu após ter sido atropelada por um rolo compressor que teria perdido o freio em uma obra em Cabiúnas, no Terminal da Petrobras, em Macaé. Na manhã desta segunda-feira, Rafaela Martins de Araújo chegou a ser socorrida para uma UPA, no bairro Lagomar, mas não resistiu. O caso está sendo investigado pela 123ª DP (Macaé).

Rafaela era funcionária de uma empresa terceirizada que presta serviços à Petrobras. Segundo relatos, o equipamento estava sendo usado na área de galpão de resíduos do local.

— Estamos muito consternados pelo ocorrido e prestamos nosso apoio à família enlutada. Ninguém sai de casa para trabalhar contando que vai perder a vida. Dedico meus profundos sentimentos de pesar aos familiares e amigos — afirma Débora Simões, diretora do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense da localidade (Sindipetro-NF).

A Sindipetro-NF informou que "apura mais detalhes do ocorrido junto à gerência do Terminal de Cabiúnas e aos trabalhadores da base".

Segundo a Polícia Civil, a perícia foi realizada e testemunhas serão ouvidas. A investigação segue em andamento.

Outro petroleiro morto

Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindipetro-NF outra morte além da de Rafaela, contratada pela empresa MJ2 Construções. O técnico Edson Lopes Almeida, da unidade de Niterói, teria morrido no último sábado, dia 5. Ele foi encontrado morto dentro da plataforma.

— Imagine a família aguardando o trabalhador desembarcar vivo e desce um corpo. Isso é muito grave. Não é porque foi de causa natural que não precisa ser investigado. Na visão do sindicato, existem duas possibilidades que precisam ser consideradas: uma delas é o fato do trabalhador estar se extenuando a bordo, e a outra é a de que a empresa possa estar colocando pessoas para trabalhar sem condições de saúde adequadas — destaca Alexandre Vieira, diretor do Sindipetro-NF.

O coordenador-geral do Sindipetro-NF e diretor da FUP, Sérgio Borges, informou que a entidade acompanhará as investigações.

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