Em evento no Planalto, presidente alfinetou ex-governantes, como Bolsonaro, por seguir critérios para se afastar das marcas petistas
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta sexta-feira (26/7), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e governadores ausentes do evento no Palácio do Planalto, para anúncio de obras do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Essa rodada terá investimento de R$ 41,7 bilhões.
Em discurso, o petista disse que cada governante deseja deixar uma marca. “Se o Lula gosta de vermelho, eu tenho que gostar de amarelo. Sabe, se o Lula faz Minha Casa, Minha Vida, eu vou fazer minha Casa Amarela. Se a carteira de trabalho é azul ou marrom, eu vou tirar uma verde e uma amarela”, apontou.
“Ou seja, no critério imbecil de tomar decisão e de fazer as coisas num país que precisa tanto do Estado. E é por isso que nós estamos fazendo desse jeito”, criticou.
Durante o governo, Bolsonaro trocou o nome de alguns programas sociais criados em gestões petistas. O Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, foi rebatizado de Casa Verde e Amarela nos anos do ex-presidente do PL.
“O que estamos tentando fazer é mostrar que temos que governar o país diferente, temos que dialogar, compartilhar”, falou Lula.
Nas reclamações sobre Bolsonaro, o chefe do Executivo falou sobre “convivência democrática”. “Toda vez que viajo ao estado convoco governador, eu quero que ele vá, que ele fale. Alguns não têm comparecido, provavelmente ainda pela imagem negativista de um presidente da República que só viajava para o estado que gostava, para atender amigos, e não dava importância para quem pensasse diferente. É uma coisa absurda”, afirmou.
“Era política de amigo para amigo, política de compadre e o povo que se dane”, completou.