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Presídios do DF adotam protocolos contra a dengue; são 49 casos da doença

Não houve registro de mortes de detentos nem de policiais penais. Além de adotar protocolos de combate ao Aedes aegypti dentro das unidades, a Seape-DF permite que os visitantes levem repelentes para os internos

Na Papuda, presos do trabalho interno realizam a limpeza e recolhem entulhos - (crédito: Divulgação)

Em meio à epidemia de dengue, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) se antecipou no combate e adotou protocolos para impedir o alastramento da doença entre os quase 16 mil presos distribuídos nas sete unidades prisionais do Distrito Federal. 

Este ano, segundo números obtidos pelo Correio, o total de casos positivos de dengue entre os custodiados foi de 49 e não houve registro de mortes de detentos nem de policiais penais. Segundo a pasta, dos 49 casos da doença, 35 foram na Penitenciária Feminina do DF (PFDF), oito no Centro de Detenção Provisória 2 (CDP 2), três no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), dois na Penitenciária do DF 1 (PDF 1) e um no Centro de Internamento e Reeducação (CIR).

Ainda no começo de fevereiro, em pleno pico de infecções pela dengue na capital, a Seape fez mudanças na lista dos itens autorizados a entrar para os presos, a chamada "cobal", e autorizou que os visitantes levassem repelentes. A medida foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) na primeira semana de fevereiro e continua válida.

De acordo com as regras, os repelentes podem entrar mensalmente e devem estar em uma embalagem plástica transparente de 200ml, a mesma norma para os itens de higiene, como creme dental ou sabão líquido. A Seape-DF determinou, ainda, que o repelente autorizado não deve ter nenhum tipo de álcool na composição. Além disso, deve ser de aspecto transparente do tipo pomada, creme ou gel.

Além da entrada de repelentes, a pasta adota outros protocolos para o combate ao Aedes aegypti, entre eles, a limpeza e o recolhimento de lixos e entulhos, bem como as varreduras periódicas no perímetro interno para identificar e eliminar qualquer foco. Esse trabalho é feito excepcionalmente pelo Núcleo de Reparos de cada unidade, integrado por reeducandos classificados para o trabalho interno. A pasta afirmou que o fumacê é realizado nas unidades prisionais.

Números

O Distrito Federal segue na liderança nacional do número de incidência de casos da arbovirose: são 6.804,0 a cada 100 mil habitantes. Até ontem à tarde, os dados do Painel de Monitoramento do Ministério da Saúde (MS) indicavam 191.673 casos prováveis de dengue na capital, 206 óbitos pela doença confirmados e 51 em investigação.

A Secretaria de Saúde divulgou a rota dos carros de fumacê. Ontem, os veículos circularam nas regiões do Núcleo Bandeirante, Park Way, Riacho Fundo 1 e 2, Samambaia, Fercal e Brazlândia. Hoje, as cidades contempladas são o Sol Nascente e Samambaia.

A recomendação da Vigilância Ambiental é de que as pessoas abram portas e janelas das residências quando passar o veículo do inseticida de ultrabaixo volume (UBV), para maior eficácia do produto. As aplicações serão feitas das 4h às 6h e das 17h às 19h.

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