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Mãe e padrasto são condenados a prisão por torturar crianças em Cristalina

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Bebê de 1 ano era agredido nas partes íntimas com chineladas

Fonte: Mais Goiás

Uma mãe e um padrasto, foram condenados na última sexta-feira (15) a mais de 100 anos de prisão por torturar e espancar um bebê e uma criança, em Cristalina. O caso aconteceu em julho de 2021. Segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), o casal agredia o bebê de apenas 1 anos e a criança de 3 anos com chineladas por todo o corpo, incluindo nas partes íntimas.

A denúncia do MP-GO aponta que, devido a gravidade das agressões, o bebê chegou a convulsionar. Quando a mãe o levou para um hospital do município, ela foi questionada sobre os hematomas da criança e disse que a criança era “travessa” e que se feriu ao cair da cama.

Ainda de acordo com o MP-GO, as crianças eram torturadas de forma física e psicológica e eram privadas de alimentos.

A pedido do Ministério Público, a mãe perdeu a guarda dos filhos. Foi pedido ainda que as vítimas fossem indenizadas cada uma com o valor de R$ 25 mil por danos morais.

O casal foi condenado pelos crimes de tortura, lesão grave e maus-tratos. Os condenados não poderão recorrer a sentença em liberdade.

Relembre

Em julho de 2021 o delegado Juliano Campestrini falou sobre o caso. “O crime veio à tona quando a mulher levou o filho mais novo quase morto para uma unidade de saúde em busca de atendimento médico. Como a criança tinha marcas de agressões e estava tendo um crise convulsiva muito grave, o profissional do hospital suspeitou do caso e acionou a Polícia Militar (PM). O conselho tutelar também foi chamado e encontrou a criança mais velha com a sogra da mulher. Este foi estava com lesões no corpo, inclusive, nas genitálias e também precisou de atendimento médico”, disse o delegado.

Na época, a mãe dos meninos foi levada para a delegacia, onde alegou que as crianças haviam caído do carrinho de bebê. Já o padrasto estava na casa de um conhecido, no mesmo bairro onde mora. Os investigadores encontraram com ele um chinelo, cujo a sola tem os mesmos desenhos das lesões que aparecem no corpo das crianças. Por isso, o calçado foi levado para a perícia.

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