A primeira recomendação é retirar os objetos que podem acumular água, como latas, garrafas, pneus, potes e brinquedos, das áreas externas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Desde a semana passada, a capital enfrenta pancadas de chuva; precipitações acenderam o alerta para a necessidade das ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti
Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Igor Silveira
Em um agosto atípico, a população do Distrito Federal tem encarado dias chuvosos. A chegada das precipitações em meio a um período conhecido pela seca acendeu o alerta de que não dá para descansar no combate ao Aedes aegypti. Isso porque um ovo do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela consegue ficar até 400 dias sem contato com a água, só aguardando o primeiro momento de chuva para eclodir.
“Essa chuva atípica chamou a nossa atenção para uma série de cuidados que precisam ser mantidos no período seco. Muitas vezes as pessoas se descuidam por não estar potencialmente criando um depósito. Só que o ovo do mosquito é muito resistente. Pode ficar mais de um ano ali sem ter contato com água até ter uma chuva, por exemplo, e eclodir”, revela o diretor da Vigilância Ambiental, Jadir Costa Filho.
Por isso, os cuidados contra o mosquito devem ser constantes. A primeira recomendação é retirar os objetos que podem acumular água, como latas, garrafas, pneus, potes e brinquedos, das áreas externas. Mantenha atenção também aos vasos de plantas, colocando areia até a borda; às calhas, que devem ser mantidas desobstruídas, e às caixas-d’água, que devem estar tampadas. O objetivo é evitar que os itens sejam usados como depósitos pela fêmea do Aedes aegypti.
“O principal é dedicar pelo menos 10 minutos por semana para fazer esse manejo dentro de casa. Esse planejamento é importante antes mesmo da chegada das chuvas no período da seca, para que possamos visualizar os possíveis depósitos e evitar o nascimento do mosquito”, acrescenta Jadir.
Os casos prováveis de dengue em residentes do Distrito Federal seguem em queda. Segundo o Boletim Epidemiológico nº 32, a diminuição é de 60,2% entre janeiro e agosto deste ano em relação ao ano passado
Durante o ano todo, a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), vinculada à Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), promove ações de combate à dengue, com fumacê, manejo ambiental, controle químico, inspeções dos agentes de vigilância a residências e investimento em novas tecnologias.
Os casos prováveis de dengue em residentes do DF seguem em queda. Segundo o Boletim Epidemiológico nº 32, publicado na terça-feira (29), a diminuição é de 60,2% entre janeiro e agosto deste ano em relação ao ano passado. Em 2023, foram notificados 35.139 casos, contra 62.259 em 2022. Também não houve registro de mortes. No mesmo período no ano anterior, foram registrados 13 óbitos.