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Caso Ana Lídia: testemunha disse que filhos de políticos importantes de Brasília também estariam envolvidos

Sequestro e morte de menina de 7 anos completaram 50 anos, sem solução. Filhos do ministro da Justiça e do senador Eurico Rezende são citados por testemunha.

Por Gabriel Tibaldo, Natália Valarini, TV Globo

O sequestro e a morte de Ana Lídia Braga, de 7 anos, completaram 50 anos nesta segunda-feira (11), data em que ela desapareceu. No dia seguinte, 11 de setembro de 1973, o corpo da menina foi encontrado próximo à Universidade de Brasília (UnB).

O irmão de Ana Lídia, Álvaro Henrique, e o amigo da família Raimundo Duque. Eles chegaram a ser presos pelo crime, mas foram soltos por ausência de prova (veja detalhes abaixo).

Ana Lídia Braga tinha 7 anos quando foi assassinada, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

Novos suspeitos

17 de abril de 1974

Alfredo Buzaid Júnior é citado no caso da morte de Ana Lídia, em Brasília — 
Foto: TV Globo/Reprodução

Pouco mais de seis meses depois do crime, uma nova testemunha aparece na história: Fátima Soares Maia, que diz ser próxima de Álvaro e Duque. Em depoimento à polícia, ela conta que os dois eram usuários de droga e que Duque sequestrou, torturou e estuprou a menina em um matagal.

Fátima disse ainda que os filhos de políticos importantes de Brasília a ameaçaram e que também estavam envolvidos no crime contra Ana Lídia. Ela cita Alfredo Buzaid Júnior, filho do ministro da Justiça da época, e Eduardo Rezende, filho do senador Eurico Rezende.

No entanto, pouco tempo depois, Fátima nega tudo o que disse e sai da cidade. Alguns dias depois, reaparece e, aos jornais, diz que só desmentiu porque estava pressionada e sob ordem de abafar o caso. Ela ainda reiterou que Rezendinho e Buzaid Júnior estariam envolvidos.

Os dois passam a ser suspeitos no caso Ana Lídia e no envolvimento com drogas. O Ministério Público pede que a Polícia Federal investigue o tráfico em Brasília, mas o Ministério da Justiça proíbe.

29 de maio de 1974

Álvaro Henrique, irmão de Ana Lídia, chegou a ser preso por suspeita de cometer o crime —
 Foto: TV Globo/Reprodução

Álvaro Henrique Braga e Raimundo Duque foram presos por suspeita de envolvimento na morte de Ana Lídia e por causa do depoimento de Fátima.

28 de novembro de 1974

Eduardo Rezende foi acusado de estar envolvido no caso da morte de Ana Lídia, em Brasília — 
Foto: TV Globo/Reprodução

Rezendinho foi preso em um inquérito por porte e uso de drogas. Ele negou o envolvimento na morte de Ana Lídia. À época, o senador Eurico Rezende disse que a prisão do filho foi uma "lamentável exploração procurando envolver filhos de cidadãos ligados à vida pública nacional".

Os investigadores não encontraram provas suficientes para incriminar Rezendinho e Buzaid, que acabam não sendo indiciados.

16 de junho de 1975

Álvaro e Duque são absolvidos por falta de prova.

A polícia não analisou a carta encontrada no supermercado e entregue ao pai de Ana Lídia, pedindo resgate da menina. Um retrato falado do suspeito foi feito na época do crime, mas não foi divulgado. Além disso, nunca houve exame para identificar o material genético que estava nos preservativos e no papel higiênico encontrados ao lado do corpo de Ana Lídia.

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