Fonte - Metrópoles
A cena foi gravada por câmeras de segurança do local. A vítima vivia em situação de rua e tinha dependência química
Divulgação/PCDF
Um homem em situação de rua foi agredido até a morte, aos 28 anos, por três homens na Cidade da Estrutural. O crime ocorreu na última quarta-feira (9/8) e foi registrado por câmeras de segurança do local. A vítima vivia em situação de rua e tinha dependência química, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O caso foi elucidado pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural).
Veja o vídeo:
Nas filmagens é possível ver um homem sendo perseguido por outros três. Rapidamente um dos suspeitos, que vestia uma camisa laranja, segura a vítima, bate nela com um pedaço de pau e a derruba no chão.
Logo em seguida, o trio faz um círculo ao redor do homem e continua as agressões de várias formas. Foram utilizados objetos como pedaços de pau, pedras, vidros e mangueiras. Além disso, os suspeitos utilizaram vários outros objetos que estavam à disposição na via pública para agredir a vítima.
Em certo momento, o trio para de agredir a vítima e fica andando pela rua enquanto o homem está imóvel no chão. Mas logo voltam a agredi-lo com pedaços de paus e com uma mangueira enquanto repetem a palavra “Jack”.
Depois disso, a vítima é arrastada até o outro lado da rua, e as agressões continuam. Alguns minutos depois, os suspeitos se afastam e a vítima tenta se levantar, mas rapidamente eles retornam e continuam golpeando o homem com um pedaço de madeira, um de mangueira e chutes.
Durante a sessão de espancamento, um dos suspeitos repetiu diversas vezes: “Para Jack não tem vez não, lei da favela é essa. Jack tem que ficar com a cara do chão”, enquanto desferia chutes no rosto da vítima, que estava chorando e gemendo de dor.
Poucos segundos depois, o homem perguntou quem teria dito que ele era “Jack”, mas o agressor o mandou ficar calado e continuou chutando a vítima.
Após aproximadamente 20 minutos de espancamento, o trio deixa o local e o homem fica deitado no chão gemendo de dor. A Polícia Militar do Distrito Federal chegou à cena 10 minutos após os suspeitos deixarem a via pública. A vítima ainda estava com vida e foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), mas morreu no mesmo dia.
A PCDF afirmou que a vítima não respondia por nenhum crime de violência sexual. Um dos suspeitos foi preso por homicídio triplamente qualificado. Os outros dois autores seguem foragidos, segundo a delegada-chefe da 8ª DP, Bruna Eiras.
Os homens irão responder por homicídio qualificado por motivo fútil, meio que impossibilita a defesa do ofendido e meio cruel, podendo pegar uma pena de até 30 anos de reclusão.