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Vice-governadora, Celina Leão, diz que o problema do feminicídio deve ser combatido com educação e mudança de paradigmas


Foto: Francisco Gelielcon / Arquivo: Estrutural On-line

Foi durante entrevista realizada pelo grupo de jornalistas da ABBP-Associação Brasileira de Portais de Notícias, nesta segunda-feira (14/08), que a vice-governadora do DF, Celina Leão, respondeu ao portal Estrutural Online sobre a situação do feminicídio no Distrito Federal. “O nosso país precisa passar por uma reestruturação social, precisamos mobilizar a sociedade”.

Celina mencionou o caso de uma policial morta pelo ex-companheiro, porque ele não aceitava o fim do relacionamento. “Nós perdemos uma policial nossa que trabalhava na delegacia da mulher. A que ponto nós chegamos? O que o Estado poderia ter feito para evitar aquela situação? Vemos que é muito cultural”. “O que podemos fazer é trabalhar com educação, educando os nossos filhos, colocando que a mulher não é propriedade, que a coisificação da mulher é um erro. Às vezes as pessoas têm um comportamento machista e não percebem que estão com esse tipo de atitude,” explicou.

A vice-governadora destacou que o crime de violência contra a mulher é bastante complexo já que, em muitos casos, a mulher sente vergonha de expor a situação de violência em que se encontra e não consegue buscar ajuda. “Envolve dois fatores: a questão emocional da mulher e a questão do acesso à todas as políticas públicas. Então, o que eu posso deixar é: denuncie, busque ajuda. Elas precisam ter coragem de buscar ajuda para sair desse ciclo de violência. Quantas vidas podemos salvar, porque sozinhas elas acham que vão conseguir sair?”, questionou.

É diante dessa temática, que existe o "Agosto Lilás", campanha ligada à Lei Maria da Penha, de conscientização que ocorre no mês de agosto no Brasil, voltada para a promoção dos direitos das mulheres e o combate à violência de gênero. A cor lilás simboliza a luta contra a violência à mulher.

O Distrito Federal conta com delegacias especializadas no atendimento a mulheres vítimas de violência, oferecendo suporte legal e psicológico.

Lei Maria da Penha

A Lei Maria da Penha, oficialmente conhecida como Lei nº 11.340/2006, é uma legislação brasileira que visa prevenir, punir e erradicar a violência doméstica e familiar contra as mulheres. Ela foi nomeada em homenagem a Maria da Penha Maia Fernandes, uma mulher que se tornou símbolo da luta contra a violência de gênero no Brasil. A lei reconhece diversos tipos de violência, como física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, e estabelece medidas de proteção para as vítimas.

“O “cara” quando chama a mulher de burra, de vagabunda, de ordinária, ele está enquadrado na Lei Maria da Penha. E a mulher muitas das vezes, acha que não, a naturalização da violência, um problema que existe hoje dentro das famílias. e as famílias e vizinhos acham que não devem se meter. A pessoa que está no ciclo de violência, precisa de ajuda. Esse é um problema nosso, uma luta de todos nós. Nós não vamos parar,” concluiu Celina.

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