Tarcísio de Freitas disse que “não precisa” ser candidato à Presidência nas próximas eleições e que apoiará candidato indicado por Bolsonaro
Governo do Estado de São Paulo
São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou na noite desta quarta-feira (9/8), em entrevista ao podcast Flow, que não será candidato à Presidência da República nas próximas eleições. Tarcísio, aliado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já vinha sendo cotado como um dos pré-candidatos ao posto e passou a ser ainda mais cogitado desde que o ex-presidente se tornou inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há dois meses.
“Não preciso ser candidato à Presidência, não serei e vou apoiar quem o Bolsonaro apoiar”, disse Tarcísio.
O governador paulista ainda cogitou a possibilidade de Bolsonaro obter o direito de se candidatar a cargos públicos antes de 2030, prazo da punição determinada ao ex-presidente.
“Elegível ou não elegível, a gente não sabe o que vai acontecer depois no futuro. Acho que quem vai ser o candidato da direita – que o pessoal tem essa grande curiosidade, quem vai substituir o Bolsonaro – é o candidato que ele apontar. Ou vai ser ele ou o candidato que ele apontar e é com ele que eu vou.”
Nas duas horas de entrevista, Tarcísio ainda descartou adquirir mais câmeras de vigilância para os uniformes da Polícia Militar. O tema voltou à discussão depois da informação que em apenas 10 das 16 mortes de civis cometidas por PMs durante confrontos no Guarujá, na Baixada Santistas, havia esse tipo de equipamento para monitorar as operações.
Tarcísio afirmou ainda que seu modelo de escolas cívico-militares, que pretende implementar no governo, deverá ser feito mediante a contratação de PMs da reserva (aposentados) que serão convocados para levar “disciplina” às escolas, com atos como o hasteamento da bandeira. “Isso é barato, não é caro”, disse o governador.
O governador afirmou que as escolas que se interessarem pelo modelo deverão se inscrever no programa, que ele não deu data para começar, e estimou que o total de unidades com o sistema poderá chegar a 300 (hoje, segundo ele, são 19 no Estado).
Tarcísio havia afirmado que criaria um modelo próprio de escolas cívico-militares após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que descontinuaria o programa no nível federal. O projeto foi a principal bandeira de Bolsonaro durante sua gestão.
Fonte - Metrópoles