Senadores de oposição afirmam que voto de Zanin foi “razoável”, mas reforçam que debate sobre porte de drogas compete ao Legislativo
Fonte - Metrópoles
Igo Estrela /Metrópoles
O voto do ministro Cristiano Zanin, abrindo a divergência sobre a descriminalização do porte de maconha, ganhou elogios da oposição no Senado Federal, que aprovou seu nome para o Supremo Tribunal Federal.
Lideranças de oposição ouvidas pela sigla classificaram o voto de Zanin como “razoável” dentro das possibilidades. Entretanto, ressaltaram que a discussão sobre o porte de drogas é do Legislativo, e não do Judiciário.
O problema iria além do voto dos demais ministros. Segundo caciques de oposição, a discussão estaria “equivocada e desatualizada”, já que há diversas formas de se consumir maconha, como óleos e outros produtos.
Na noite de quinta-feira (24/8), o Supremo formou maioria para determinar que seja estabelecida uma quantidade mínima de droga que diferencie um usuário de maconha de um traficante.
Ainda falta definir a quantidade de droga permitida. Até o momento, os votos variam entre 25 e 100 gramas. Cristiano Zanin vota pela quantidade de 25 gramas, enquanto Luís Roberto Barroso, de 100 gramas.
Como mostrou a coluna, a oposição busca alternativas após o Supremo iniciar a discussão sobre a descriminalização do porte de maconha. A ideia é propor um plebiscito, no qual a população opinaria sobre o tema.
A estratégia ainda passaria por propor a diminuição da quantidade permitida, caso a população optasse pela descriminalização. A oposição fala em 5g como limite.