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Mulher é presa suspeita de matar filha, esquartejá-la e esconder corpo de criança em geladeira em SP

Corpo da criança foi encontrado por testemunhas na casa da mãe, que, segundo a polícia, confessou o crime e foi presa em flagrante.

Por Carlos Henrique Dias, g1

Ruth Floriano confessou ter esfaqueado Alany Izilda Floriano Silva

Uma mulher de 30 anos foi presa em flagrante pela Polícia Militar (PM), na tarde deste sábado (26) em São Paulo, por suspeita de matar a filha, esquartejar o corpo dela e escondê-lo na geladeira de sua casa.

Segundo a Polícia Civil, Ruth Floriano confessou ter esfaqueado Alany Izilda Floriano Silva. O g1 não conseguiu localizar a defesa da mulher para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem.

O caso foi registrado no 47º Distrito Policial (DP), Capão Redondo, como homicídio qualificado contra menor de 14 anos e emboscada por motivo fútil e ocultação de cadáver. A investigação será feita pelo 100º DP, Jardim Herculano. Os policiais ainda tentam saber quando o crime foi cometido.

Geladeira em que o corpo da criança foi encontrado — Foto: Arquivo pessoal

De acordo com a polícia, pessoas que conhecem Ruth e a ajudavam numa mudança encontraram partes do corpo da menina na geladeira da mulher, numa casa no bairro Aracati, na Zona Sul da capital paulista. Depois disso, elas avisaram a PM, que foi ao local e passou a procurar a mãe. A mulher foi presa horas depois na residência do namorado dela, na Zona Leste da cidade.

De acordo com o boletim de ocorrência, moradores do bairro Aracati, na Zona Sul, acionaram a polícia militar e contaram que ajudavam a mulher na mudança feita na última semana e suspeitaram do peso da geladeira. A sogra da mulher foi a nova casa neste fim de semana e ao abrir, encontrou o corpo da vítima.

A mãe, Ruth Floriano, tinha ido para outro bairro conversar com um ex-companheiro dela, mas foi encontrada pela polícia. O registro diz que, assim que os policiais chegaram ao local, ela negou o crime antes mesmo de ser questionada sobre a criança, mas depois confessou o assassinato.

O que a mãe disse à polícia

O registro diz que a suspeita alegou em primeiro momento que conheceu alguns homens por meio de aplicativos de relacionamentos e levou um deles para casa. Ela disse que nesse encontro, os dois usaram drogas e dormiram. Ainda na primeira versão, Ruth disse que acordou com a filha já morta e “não soube o que fazer”, quando decidiu colocar o corpo na geladeira. Isso teria ocorrido há aproximadamente um mês.

Ruth foi interrogada na delegacia pela Polícia Civil. Segundo o registro policial, a mãe contou que, entre os dias 8 e 9 de agosto teria usado drogas e “decidiu matar a filha por não aceitar a separação com o pai dela”. De acordo com o boletim de ocorrência, a criança havia feito aniversário no dia 6 de agosto. Nesta segunda versão, a mulher não citou a ajuda de outra pessoa para o crime.

Ela contou que , naquela madrugada, a criança estava no banheiro escovando os dentes quando foi atacada por ela com uma faca e não resistiu ao ferimento. O crime teria ocorrido ainda na Zona Leste, antes da mudança de casa em 15 de agosto, quando colocou os restos mortais da filha na geladeira.

Testemunhas contaram à polícia que ajudaram na mudança de endereço, mas que o eletrodoméstico estava pesado e embalado com lençol e fitas. Foi preciso ao menos quatro pessoas para o transporte. A situação chamou a atenção do atual namorado da mulher e da sogra dela.

Neste sábado, Ruth deixou a chave de casa com a família do namorado e foi até a Zona Leste para falar com o ex-marido. A sogra dela suspeitava de armas ou drogas escondidas na geladeira e decidiu abri-la, mas encontrou o corpo da menina. A Polícia Militar foi chamada. Ruth dizia que a criança atualmente estava com o pai.

O caso foi registrado pelo delegado Eder Vulczak como ocultação de cadáver e homicídio contra menor de 14 anos, sem possibilidade de defesa da vítima e motivo fútil. A investigação será feita pelo 47º Distrito Policial (DP), Capão Redondo. A mulher passará por audiência de custódia. A Justiça decidirá se ela deverá permanecer presa ou ser solta para responder aos crimes.

Ela tem outros dois filhos, que foram encontrados e entregues ao Conselho Tutelar.

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