Em ofício à CPMI, Moraes pede a “relação de conexão e pertinência” para liberar petição no qual PGR o critica por operação contra Mauro Cid
Nesta segunda-feira (21/8), Moraes enviou um ofício à presidência do colegiado, comandado pelo deputado Arthur Maia (União-BA), respondendo o pedido de acesso ao documento. No ofício, o ministro pede que a comissão indique “a relação de conexão e pertinência” da petição com o “objeto da CPMI” para decidir sobre a liberação.
O documento foi revelado pela revista Veja em 30 de junho. Segundo a reportagem, Lindôra diz, no parecer, que a operação que resultou na prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro teria sido uma “pescaria” de Moraes.
O pedido para ter acesso à petição foi feito pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O requerimento foi aprovado pelo colegiado no dia 11 de julho.
Após aprovado, a CPMI enviou um ofício para ao Ministério Público pedindo para que fosse remetida a petição. Em resposta, o MP avisou que a peça tramitava em sigilo no STF e que somente Alexandre de Moraes poderia liberá-la.
Mais documentos sigilosos
Além da petição da PGR, o ministro Alexandre de Moraes pediu explicações para a CPMI antes de liberar outras petições e inquéritos sigilosos. Dentre eles, o ministro segurou o inquérito sobre possíveis financiadores dos atos de 8 de janeiro e a investigação sobre o ataque à sede da Polícia Federal em 12 de dezembro de 2022.
O ministro do STF Alexandre de Moraes quer mais explicações da CPMI do 8 de Janeiro antes de liberar o acesso a uma petição da PGR na qual a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, fez críticas ao trabalho do próprio Moraes e da Polícia Federal.