“Você já viu algum homem tendo condição de gestar ou a senhora acredita nessa capacidade, ministra?”, disse Nikolas, em sessão da Câmara
Hugo Barreto/Metrópoles
O deputado Nikolas Ferreira (PL) fez uma pergunta técnica em sessão da Comissão de Fiscalização da Câmara nesta quarta-feira (9/8). O parlamentar questionava a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Ele citou ainda uma frase do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que o governo Lula pretende “sexualizar as criancinhas”. Todavia, a oposição quis imputar ao deputado o comentário como sendo transfobico.
Nikolas também comentou a diretriz 45, uma das aprovadas na 17ª Conferência Nacional de Saúde, que garante os “direitos sexuais e os direitos reprodutivos das mulheres, meninas e pessoas que podem gestar tendo por base a justiça reprodutiva e atenção à saúde segundo os princípios do SUS, considerando os direitos das pessoas que menstruam e daquelas que estão na menopausa e em transição de gênero, tendo em conta, no sistema de saúde, a equidade, igualdade com interseccionalidade de gênero, raça/etnia, deficiência, lugar social e outras”.
“Você já viu algum homem tendo condição de gestar ou a senhora acredita nessa capacidade, ministra?”, disse Nikolas. “Vocês querem reduzir as mulheres a pessoas que menstruam.”
A ministra em ato de "deboche" respondeu apenas: “Nem vou comentar sobre bizarrices”.
Veja o vídeo:
A sessão tinha como objetivo discutir orientações estratégicas para o Plano Plurianual 2024-2027 e para o Plano Nacional de Saúde 2024-2027, a partir das diretrizes aprovadas na 17ª Conferência Nacional de Saúde.
Nikolas comentava a resolução 715/2023, que trata de assuntos como a redução da idade de início de hormonização para 14 anos e legalização do aborto como forma de “combate às desigualdades estruturais e históricas”.
“Me parece um papelete ridículo escrito por DCE de esquerda da federal”, disse. “Gostaria de perguntar a Nísia, por mais que ela não tenha nenhuma formação em medicina, mas tem doutorado em sociologia, creio que seja uma pessoa inteligente, se ela acredita que essa criança de 14 anos tem condição e pode fazer isso com ou sem consentimento dos pais”, questionou.
Fonte - Metrópoles *com adaptações