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Deputada esquerdista admite que CPMI de 08/01 é uma "porcaria"

"Quem conduz esta porcaria é ele [Arthur Maia]", disse a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) ao bater boca e Marco Feliciano  (PL-SP). Discussão acalorada ocorreu no momento em que a sessão do colegiado havia sido interrompida.

Por Gustavo Garcia, Pedro Alves Neto e Filipe Matoso, g1 — Brasília


Os deputados Laura Carneiro (PSD-RJ) e Marco Feliciano (PL-SP) bateram boca nesta quinta-feira (24) na sala da CPI dos Atos de 8 de janeiro.

A discussão ocorreu em um momento em que a sessão do colegiado estava suspensa, mas foi registrada pelo repórter cinematográfico da TV Globo Guilherme Timóteo.

O deputado Marco Feliciano protestou contra o presidente da comissão, Arthur Maia (União Brasil-BA), que havia cortado o microfone dos parlamentares até a chegada do depoente desta quinta, o militar Luís Marcos dos Reis.

Diante dos protestos de Feliciano, Laura Carneiro saiu em defesa de Arthur Maia e disse que o deputado do PL precisava respeitar o presidente da CPI.

Os dois discutiram, e Laura Carneiro afirmou a Feliciano: "Aprenda a respeitar mulher e homem também".
Histérica e bastante descontrolada, ela bateu na mesa e disse: "Quem conduz esta porcaria é ele [Arthur Maia]".
Marco Feliciano apenas repetia: "É sobre isso que eu quero falar. É sobre isso que eu quero falar". Os microfones não captaram outras falas do parlamentar.

Os ânimos se acalmaram e a sessão foi retomada, com o depoimento do sargento Luís Marcos dos Reis.

O militar atuava na equipe de Mauro Cid, na Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele está preso desde maio, suspeito de participar de esquema de falsificação de cartões de vacinação.

Semana conturbada

O clima na CPI dos Atos de 8 de janeiro esquentou nesta semana. Parlamentares da base e da oposição não chegaram a um acordo sobre a votação de requerimentos na última terça-feira (22).

Em uma reunião preliminar, houve gritaria e a sessão de terça precisou ser cancelada por Arthur Maia.

A falta de acordo girou em torno da votação de requerimentos de quebra de sigilo de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Parlamentares da oposição têm afirmado que somente os requerimentos da base governista, que tem maioria no colegiado, estão avançando na CPI.

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