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Autoras do pedido de expulsão de Daniel Donizet são ligadas ao suplente Sardinha

Elcina Pereira e Cleideomar Reis apresentaram requerimento para abertura de processo de expusão de Donizet do PL-DF. Processo foi suspenso

Fonte - Metrópoles

Arquivo Sardinha

As autoras do pedido de expulsão do deputado distrital Daniel Donizet, apresentado ao PL, são ligadas ao suplente do parlamentar, Reginaldo Sardinha. Atualmente, Sardinha (foto em destaque) atua como administrador do Sudoeste e Octogonal.

Em 15 de agosto, o PL-DF abriu um processo disciplinar de expulsão contra Daniel Donizet, a partir do pedido de Elcina Pereira de Brito e Cleideomar Reis da Silva, com base em denúncia de violência contra a mulher envolvendo um ex-assessor do parlamentar e no depoimento de uma mulher que acusa Donizet de assédio sexual.

Cleideomar é a fundadora e presidente do Grupo Folclórico Sensação Paraense, parceiro da Associação Religiosa e Cultural Ilê Axé Xarará de Prata em projeto patrocinado por emenda parlamentar de Sardinha, em 2022, quando ele era deputado distrital.

A Secretaria de Cultura confirmou que a Ilê Axé de Prata recebeu R$ 160 mil no ano passado, por meio de emenda de Sardinha, para atividades culturais em terreiros no Vale do Amanhecer, em Planaltina (DF).

Durante uma visita de Sardinha ao Vale do Amanhecer, em 2019, Cleideomar, conhecida como Cleide Reis, declarou que conhecia o então parlamentar há mais de três anos e sempre que precisou de “apoio para o projeto folclórico Sensação Paraense e outras atividades, ele sempre esteve à disposição”. “Por isso que confio muito nele”, afirmou.

Tanto Cleide Reis quanto a outra autora do pedido de expulsão de Donizet no partido, Elcina Pereira, aparecem em fotos divulgadas nas redes sociais com Sardinha.

Questionado pela coluna sobre a ligação com as autoras do pedido de expulsão de Donizet do partido, Sardinha disse que está “se mantendo distante de tudo”. “Assim, não me interessa quem fez o pedido ao PL-DF; cabe ao partido decidir e a Polícia e MPDFT apurar os fatos”, declarou. “Como ex-deputado, repudio qualquer ato de violência contra a mulher”, concluiu.

Denúncias

O PL-DF abriu processo na comissão de ética e, em seguida, Daniel Donizet pediu autorização para sair do partido. A diretoria da sigla autorizou a desfiliação, no dia 16 de agosto, e suspendeu o procedimento interno que poderia culminar na expulsão do parlamentar. Como a coluna revelou nessa quarta-feira (23/8), o TRE autorizou a desfiliação de Donizet sem a perda do mandato.

O processo ético no partido foi aberto após uma garota de programa, de 25 anos, afirmar ter sido vítima de agressões físicas e sexuais por parte de Marco Aurélio Oliveira Barboza, ex-assessor do deputado distrital Daniel Donizet. De acordo com a vítima, o político teria ouvido e percebido os crimes, que ocorreram em um motel, no Núcleo Bandeirante, em março deste ano.

Em julho, uma mulher acusou Donizet de tocar no corpo dela durante uma festa e chamá-la de “gostosa”. Ela deu depoimento ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), onde o caso tramita em sigilo.
O que diz

Na época, o gabinete de Daniel Donizet disse que a denúncia envolvendo o ex-assessor é “infundada” e o parlamentar não esteve presente no local apontado pela garota de programa, nem participou do evento citado.

Em relação ao depoimento de uma mulher que acusa o parlamentar de assédio sexual, Donizet rechaçou a denúncia e disse que não foi notificado pelo MP para prestar esclarecimentos.

Sobre a ligação das autoras do pedido de expulsão do PL-DF com o suplente dele, Donizet afirmou que “desconhece os fatos relatados, porém, acredita que eles só corroboram suas afirmações de que falsas denúncias estão sendo exploradas com o único objetivo de ocuparem o cargo que lhe foi conferido pela população do DF.”

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