O caso aconteceu na cidade de Durango, no México. Segundo a imprensa local, a idosa deu entrada no pronto-socorro se queixando de dores no estômago
Por Crescer online
Uma mulher de 84 anos descobriu que passou mais de quatro décadas carregando na barriga um feto mumificado. O caso aconteceu na cidade de Durango (México). Segundo a imprensa local, a idosa nunca suspeitou de que pudesse haver algo de errado com o seu ventre.
Mãos de mulher idosa — Foto: Freepik
Ela só descobriu que um "bebê" estava dentro de sua barriga no começo deste mês de agosto, quando procurou atendimento em um hospital, reclamando de dores de estômago. De acordo com a TV Azteca, trata-se de um feto com 40 semanas de gestação, que “ mumificou ” dentro do útero. A suspeita é de que ele tenha sido concebido há pelo menos 40 anos, quando a mulher ainda estava em seu período fértil.
Quer ficar por dentro das notícias sobre o universo da maternidade/paternidade? Assine grátis a newsletter semanal da CRESCER, com as principais notícias da semana
Procurado pela imprensa local, o Instituto Mexicano de Segurança Social (IMSS), responsável pela Clínica nº 1, onde o atendimento teria acontecido, não se pronunciou.
Bebês "mumificados" no útero
Em 2019, um grupo de pesquisadores brasileiros também relatou um caso parecido, ocorrido em um hospital militar na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Uma mulher de 71 anos chegou ao pronto-socorro com queixas de dor abdominal e os médicos descobriram que ela também carregava um feto mumificado no ventre. Esse tipo de quadro é conhecido como litopedia.
Exemplo de litopedia, caso raro em que feto se mumifica dentro da barriga da mulher —
Foto: Wikimedia Commons
"É um tipo raro de gravidez ectópica, e ocorre quando o feto de uma gravidez abdominal não reconhecida morre e se calcifica. O 'bebê de pedra' resultante pode não ser detectado por décadas, e pode causar complicações futuras", escreveram os pesquisadores. No estudo, eles relatam que, por enquanto, cerca de 330 casos assim já foram relatados no mundo. A estimativa é que a litopedia aconteça em 0,0054% de todas as gestações.