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Mãe emociona ao escrever carta para filho morto em SP após apresentação do 'Dia das Mães' em escola: 'coração em pedaços'

Ela e o filho estavam dentro da escola em São Vicente (SP), esperando por um carro de aplicativo, quando o menino correu e aconteceu o acidente.

Mãe de menino atropelado por ônibus após apresentação de Dia das Mães escreve carta ao filho: 'cheia de amor e saudade" — Foto: Arquivo Pessoal

A mãe de Davi Cruz Garcia, de dois anos, que morreu atropelado após uma apresentação escolar de Dia das Mães em São Vicente, no litoral de São Paulo, escreveu uma carta ao filho após um mês perda. No texto, Fernanda Caroline da Cruz, de 27 anos, ressaltou que um dia eles se reencontrarão.

"Filho, mesmo que não esteja mais fisicamente ao meu lado, seu amor vive eternamente em meu coração. Guardarei cada lembrança, e seguirei em frente honrando sua memória, buscando a paz e serenidade", diz trecho da carta publicada no Instagram dela.

Davi foi atropelado na Avenida Presidente Wilson, no centro, na noite de 9 de maio. O menino estava com a mãe dentro da escola esperando um carro de aplicativo. À época, Fernanda disse que o filho havia corrido para a calçada, que tem uma rampa e o fez acelerar para a rua, quando foi atingido.

No texto, Fernanda diz sentir um turbilhão de emoções e que o coração está em pedaços. "A saudade que sinto é uma dor profunda e incessante, uma ferida que parece não cicatrizar".

Leia a carta na íntegra

Querido filho,

Hoje faz um mês que te perdi e resolvi escrever esta “carta” cheia de amor e saudades, na esperança de que minhas palavras possam, de alguma forma, alcançar você onde quer que esteja. Desde o momento em que você partiu deste mundo, meu coração tem estado em pedaços. A saudade que sinto é uma dor profunda e incessante, uma ferida que parece não cicatrizar.

Sinto-me perdida em meio a um turbilhão de emoções. Procuro respostas que, talvez, nunca venham, mas ainda assim busco algum consolo em minha fé.

Sei que Deus tem um plano para cada um de nós, mas às vezes é difícil aceitar quando esse plano nos leva a perder alguém tão amado. Tento encontrar conforto na ideia de que você está em um lugar melhor, livre de dor e sofrimento. Imagino você rodeado de paz e serenidade, olhando por nós com amor e proteção.

Sinto falta da sua voz, do seu sorriso, do seu toque. Sinto falta de todas as pequenas coisas que compunham nosso dia a dia e que agora parecem ter sido arrancadas de mim. A ausência física é um vazio insuportável.

No entanto, em meio à dor, procuro forças para seguir em frente. Me lembro dos momentos felizes que compartilhamos juntos, das risadas, das aventuras e do amor que sempre existiu entre nós. Você trouxe tanta alegria à minha vida, e sou grata por cada segundo que tive a seu lado.

Aprendi que a vontade de Deus nem sempre é clara para nós, mas devemos confiar em Seu amor e em Sua sabedoria. Ele nos fortalece nas horas mais difíceis e nos ampara quando não temos mais forças para seguir adiante. Preciso crer que, de alguma forma. Ele está usando essa dor para nos transformar, nos ensinar lições preciosas e nos aproximar Dele.

Filho, mesmo que não esteja mais fisicamente ao meu lado, seu amor vive eternamente em meu coração. Guardarei cada lembrança, e seguirei em frente honrando sua memória, buscando a paz e serenidade. Mesmo que a saudade seja uma ferida que nunca cicatrizará completamente, busco encontrar conforto na certeza de que um dia nos reencontraremos.

Com todo o meu amor e saudades, Mamãe.
Criança foi atropelada após apresentação de Dia das Mães em escola de São Vicente, SP — Foto: Matheus Croce/TV Tribuna

Relembre o caso

Um menino, de apenas dois anos, morreu atropelado por um ônibus na saída da escola em São Vicente, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1 no dia 10 de maio, a vítima estava com a mãe, mas correu em direção à rua. A criança havia se apresentado pouco antes em uma atividade de Dia das Mães no local.

A mãe de Davi Cruz Garcia contou que estava com a criança dentro da unidade esperando um carro de aplicativo, quando o menino correu para a calçada, que tem uma rampa e o fez acelerar para a rua, sem dar tempo dela conseguir alcançá-lo.

Ela lembrou que havia saído com o filho da escola, que fica na Avenida Presidente Wilson, ao final da apresentação, mas, como havia começado a chover, resolveu chamar um carro de aplicativo, que estava a dois minutos do local, quando Davi correu.

Fonte - G1/Santos e Região

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