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RELIGIÃO - Irmã Dulce é inscrita no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

Irmã Dulce é considerada a primeira santa genuinamente brasileira e foi inscrita no livro pelo seu trabalho com pobres e doentes no país

Arquivo OSID

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que inscreveu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O Congresso Nacional havia aprovado o projeto com esse intuito no dia 26 de abril deste ano.

Dulce foi canonizada como santa pelo papa Francisco no dia 13 de outubro de 2019. Recebeu o nome de Santa Dulce dos Pobres, pelo trabalho que ela fez durante toda a vida com a parte mais empobrecida da população e os doentes, principalmente na Bahia. Também por esse motivo, ela teve o nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas.

Ela é considerada a primeira santa genuinamente brasileira. Dulce teve uma vida marcada por trabalhos assistenciais feitos em comunidades carentes de Salvador (BA). O Anjo Bom da Bahia realizou diversos milagres, segundo testemunhas. Um deles, a cura de um maestro que voltou a enxergar, foi a chave para ser elevada aos altares.

Irmã Dulce é considerada a primeira santa genuinamente brasileiraArquivo OSID

Trabalho da Irmã Dulce

Infância da Irmã Dulce

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em 1914, em Salvador. Filha de pais ricos, desde cedo teve a vocação de ajudar os mais pobres, segundo relatos de pessoas que conviveram com ela. Aos 13 anos, a jovem Maria Rita passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família.

Em 1933, após se formar como professora primária, então com 19 anos, ela entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe, quando escolheu o nome Dulce para fazer suas obras. Em 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e seus filhos. Foi quando começou a abrigar doentes que recolhia nas ruas.

Conta-se que ela invadiu cinco casas na Ilha do Rato, em Salvador. Foi expulsa, mas continuou o trabalho e peregrinou por 10 anos, instalando os doentes em vários lugares. Hoje, as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) seguem o trabalho da santa.

O livro

O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, também conhecido como Livro de Aço, foi criado em 1992 e reúne nomes de pessoas que lutaram pela liberdade e democracia ou dedicaram a vida ao Brasil. A inclusão dos nomes depende de lei aprovada no Congresso.

Nele, há nomes como o de Zilda Arns, Adhemar Ferreira da Silva, Tiradentes, Anita Garibaldi, Chico Mendes, Zumbi dos Palmares, Machado de Assis, Chico Xavier, Santos Dumont e Zuzu Angel.

Fonte - Metrópoles

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