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"LULINHA SEGUE LIVRE, LEVE E SOLTO" - PT ironiza Deltan Dallagnol por cassação e Moro se diz ‘estarrecido’; veja votação relâmpago no TSE


A cassação do mandato de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), deliberada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), subiu em poucos minutos para o primeiro lugar dos assuntos mais comentados do Twitter. Quinze minutos depois da notícia, mais de 30 mil publicações sobre o episódio foram feitas.

O julgamento considerado "relâmpago" para um assunto de tamanha importância durou cerca de 1h30, mas, entre o fim da leitura do voto do relator, ministro Benedito Gonçalves, e a proclamação do resultado, passou-se um minuto e seis segundos. Parecia um assunto já acordado, aonde todos os ministros acompanharam Gonçalves, sem manifestações. Como já era de se esperar, o ministro Alexandre de Moraes, que proclamou o resultado, determinou imediato cumprimento, "independente de publicação no Diário de Justiça", atropelos a parte.

Dallagnol comentou a cassação por meio da sua assessoria.
“Uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça. Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes.”
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi preso no âmbito da Operação Lava Jato, comemoraram a decisão contra o opositor político como se tivessem ganhado uma copa do mundo, em manifestações que vão desde ironias com PowerPoint a versículos bíblicos. Por sua vez, o senador e ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil-PR), antigo companheiro de trabalho de Dallagnol na Lava Jato, se disse “estarrecido” com a decisão.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse “Agora Deltan Dallagnol tem um PowerPoint para chamar de seu! Cassado!”
Cleisi também responde a inquérito por corrupção está parado no STF há 5 anos. Em 2018, PF apurou que deputada, que é presidente do PT, recebeu mais de R$ 800 mil em contratos com o antigo Ministério do Planejamento (fonte - Portal R7 Notícias).

Outro aliado de Lula, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que Dallagnol “delinquiu no MP ávido pelo poder”, em referência à atuação do ex-procurador da República em Curitiba.


Segundo o Wikepedia, Calheiros é outro que responde a vários processos, entre os quais teve condenação a perda de mandato em 2017. Todavia o parlamentar defende a aplicação da lei "somente" contra adversários.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, usou um versículo bíblico para comentar a cassação. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.”


A vida política de Dino também não é boa. Ele responde a diversas práticas criminosas, entres as quais se destacam a acusação de receber R$ 200 mil para defender projeto que beneficiava Odebrecht, segundo delator. Em 2017, foi acusado de ser o mentor do maior escândalo da saúde do seus estado, quando era governado por ele. Também investigado por peculato, superfaturamento, entre outros.

Mais tarde, Dino relembrou que, em 2010, foi autor do projeto de lei que estendia a aplicação da Lei da Ficha Limpa para magistrados e membros do Ministério Público - dispositivo que foi usado pelo TSE para cassar o mandato de Dallagnol.

Os dois já trocaram farpas em diversas ocasiões. O ex-procurador da Lava Jato insinuou que o ministro da Justiça teria ligações com o crime organizado, por ter feito uma visita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Como resposta, Dino apresentou uma queixa-crime contra Dallagnol no Supremo, acusando-o dos crimes de calúnia, difamação e racismo.


O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, também foi a público comentar a cassação de Dallagnol. “Uma mentira só dura até que a verdade chegue. Que a justiça continue a ser feita a todos que lucraram com a destruição da democracia.”

O ministro teve a pedido do TR-4, trancamento de uma ação que o investigava por suspeita de estelionato e lavagem de dinheiro em um suposto esquema que lesou arrozeiros em São Borja.

Já o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro lamentou a perda do cargo de Dallagnol. “Perde a política. Minha solidariedade aos eleitores do Paraná e aos cidadãos do Brasil.”
Bastante irônico, mas para o lado contrário a cassação do deputado, o também deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) abriu uma live para comentar o episódio. “Deixo aqui minha solidariedade ao Deltan. Não sei o que fazer. Eles monopolizaram o poder para calar nossa oposição.” Nas redes, ele reiterou que a cassação Dallagnol seria uma manobra feita pelo governo.


Leia a íntegra da nota enviada pela assessoria de Deltan Dallagnol:

Nota sobre o julgamento do TSE

344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça. Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção. Mas nenhum obstáculo vai me impedir de continuar a lutar pelo meu propósito de vida de servir a Deus e ao povo brasileiro.

Deltan Dallagnol

Fonte - Portal Estadão *com adaptações

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