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INTERNACIONAL - Avó de crianças perdidas após acidente aéreo na Amazônia diz que autoridades colombianas ainda não entraram em contato: 'Esperando'

Presidente do país publicou nas redes sociais que vítimas de acidente aéreo foram encontradas com vida, mas imprensa colombiana diz que militares sequer viram os menores

Acidente de avião aconteceu no início do mês, na Amazônia Divulgação/Fuerzas Militares de Colombia

A família das crianças que estavam desaparecidas desde o começo do mês na Amazônia após um acidente aéreo vive a expectativa de reencontrá-las depois de o presidente colombiano, Gustavo Petro, ter anunciado pelas redes sociais que elas foram encontradas vivas. De acordo com o jornal "El Tiempo", as autoridades do país ainda não entraram em contato com os parentes dos meninos.

Fontes do governo colombiano indicaram ao jornal que foi o serviço de "Bienestar Familiar" que avisou o presidente de que as crianças haviam sido localizadas e estavam "bem de saúde". No entanto, as Forças Armadas do país ainda não confirmaram a notícia.

— Não sabemos muito bem. Nos disseram que as crianças foram encontradas por um camponês e um agricultor. Como sua família, espero que cheguem logo aqui — afirmou ao "El Tiempo" a avó, identificada apenas como Fátima.

Fátima garantiu ao jornal que, até ao momento, as informações sobre o paradeiro dos netos foram dadas pelo presidente e pelos meios de comunicação social.

— Estou esperando que nos comuniquem [sobre o paradeiro das crianças] — disse Fátima.

Petro não detalhou onde as crianças foram resgatadas ou quantos quilômetros conseguiram percorrer enquanto estavam perdidas.

"Após árduos esforços de busca por nossas Forças Armadas, encontramos com vida as 4 crianças desaparecidas devido à queda do avião (...) Uma alegria para o país", disse ele, no Twitter.

Militares não viram as crianças, diz jornal

As últimas publicações das Forças Militares da Colômbia sobre a ocorrência mostram imagens do que seria o "refúgio" das vítimas. Os soldados encontraram um "abrigo improvisado feito de paus e galhos", então suspeitaram que houvesse pelo menos um sobrevivente. Algumas tesouras, laços de cabelo, sapatos, roupas e uma garrafa localizada no meio dos galhos da mata serviram de indicação para os policiais uniformizados.

"Esse fato enche de alento e esperança as tropas que se encontram na área e se torna um novo sinal que norteia os esforços de busca e salvamento", afirma a última publicação dos militares, no Twitter.

Fontes disseram ao jornal "El Colombiano" que os militares não chegaram a ver as crianças e que as buscas seguem na Amazônia. O diário cita que o relato de que foram encontradas é uma "falsa esperança".

Já o jornal "Cambio", com base no relato de uma fonte do alto escalão do governo, diz que Petro foi "mal informado". Os militares não reportaram a localização das crianças, de acordo com o jornal. Fontes da Aeronáutica Civil também disseram que as buscas continuam na Amazônia.

Vítimas são identificadas

As crianças foram identificadas como Lesly Jacobombaire Mucutuy, de 13 anos; Soleiny Jacobombaire Mucutuy, de 9 anos; Tien Noriel Ronoque Mucutuy, de 4 anos, e Cristin Neriman Ranoque Mucutuy, de 11 meses. Elas desapareceram em 1º de maio, quando a aeronave em que viajavam caiu aparentemente devido a uma falha mecânica.

Avó das crianças, Fátima lamentou a morte da filha, Magdalena Mucutuy, mãe dos quatro irmãos da etnia indígena Huitoto, que teriam sobrevivido na selva comendo frutas da selva e à mercê de animais selvagens.

Mais de 100 militares com cães farejadores foram acionados para seguir o rastro dos menores e caminharam pela selva entre os departamentos de Caquetá, onde o avião ficou com a frente destruída, e Guaviare, ambos no sul da Colômbia. Além de Magdalena, o piloto, identificado como Hernando Murcia, foi encontrado sem vida dentro da aeronave.

Fonte - G1/Mundo

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