Britânica Jennifer Sutton passou pelo transplante aos 22 anos de idade, depois de ter sido diagnosticada com cardiomiopatia restritiva
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Já imaginou ficar cara a cara com seu próprio coração? Foi o caso da britânica Jennifer Sutton, de 38 anos, que precisou passar por um transplante aos 22 anos por conta de uma doença chamada cardiomiopatia restritiva. Ela relata que reencontrar o órgão com o qual nasceu foi surreal.
A cardiomiopatia restritiva é uma doença que causa a rigidez das paredes dos ventrículos do coração, o que atrapalha seu funcionamento e pode levar à morte. O transplante é a única solução. A britânica se reencontrou com o órgão em um museu de Londres — ele faz parte de uma exibição permanente sobre anatomia.
“É extremamente surreal vê-lo. Eu definitivamente tenho um carinho, embora ele tenha causado tantos problemas dentro de mim”, afirma, em entrevista ao Daily Mail. “É como ver um velho amigo. Ele me lembra o passado, e espero que, com o tempo, outras pessoas olhem para o meu coração e considerem a doação de órgãos”, diz Jennifer.
Ela não chegou a conhecer seu doador — tudo o que ela sabe é que era um homem de 33 anos chamado Richard.
Dificuldades
O sucesso da operação foi ainda mais significativo porque a mãe de Jennifer morreu após um transplante de coração quando a filha tinha apenas 13 anos. Jennifer percebeu que havia algo de errado com o próprio coração enquanto estava na escola, pois sua capacidade para praticar esportes era menor do que a das demais crianças.
“Mas nada foi feito antes que eu entrasse na faculdade. Estava no segundo ano quando um amigo notou que eu sofria para subir colinas, ficava com a pele azulada e sem fôlego. Meu rosto ficava azul, assim como meus lábios e dedos”, conta a britânica.
Até que um dia, Jennifer foi levada ao hospital com suspeita de insuficiência cardíaca. Foi só aí que ela recebeu o diagnóstico da mesma condição que sua mãe tinha, a cardiomiopatia restritiva. A jovem deu inicio ao tratamento e entrou na lista para aguardar um órgão para transplante. Em junho de 2007, ela foi submetida à cirurgia.
Quando acordou do procedimento, Jennifer lembra que se sentia muito bem. “Me sentia viva, meus dedos tinham sangue, minhas bochechas estavam quentes e eu podia sentir meu coração bater pela primeira vez”, diz. Atualmente, ela é guarda florestal e pratica hobbies como escalar montanhas, algo que não era possível antes.
Fonte - Metrópoles