Sem uma sentença condenatória contra Dallagnol decisão levanta a possibilidade de motivações políticas influenciarem o veredicto.
Nesta terça-feira (16), uma decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resultou na cassação do mandato do ex-deputado federal Deltan Dallagnol, filiado ao Podemos-PR. A Corte invalidou seu registro de candidatura, o que acarreta na perda imediata de seu cargo na Câmara dos Deputados.
Com um placar de sete votos a zero, o relator ministro Benedito Gonçalves foi acompanhado pelos ministros Raul Araújo, Sérgio Banhos, Carlos Horbach, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Embora o ex-promotor ainda tenha a opção de recorrer por meio de embargos tanto ao TSE quanto ao Supremo Tribunal Federal (STF), a perda de seu mandato é imediata. Vale ressaltar que os votos que ele recebeu nas eleições serão contabilizados em favor de seu partido.
Deltan Dallagnol ganhou destaque como ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná. Sua eleição como o deputado mais votado do estado em 2022, com expressivos 344.917 votos, reforça a popularidade que angariou junto à população. Diante disso, o questionamento sobre a cassação de seu mandato se intensifica, uma vez que não há uma condenação legal fundamentando essa decisão.
É notório que casos anteriores envolvendo políticos famosos pegos em escândalos de corrupção tiveram desfechos diferentes perante o TSE. Em muitas situações, comprovada a corrupção, os mandatos foram mantidos ou, até mesmo, os pedidos de cassação sequer foram analisados pelo tribunal. Essas discrepâncias levantam preocupações sobre a consistência e a imparcialidade das decisões tomadas pela corte eleitoral.
Fonte - Portal BSB Times