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POLÍCIA - Caso Sophia: preso suspeito de abusar e matar enteada espancada nega estupro e se pronuncia pela 1ª vez

Christian Campoçano Leithein, de 25 anos, é acusado por homicídio qualificado e por estupro de vulnerável. Em primeiro pronunciamento, o suspeito se manifestou por meio da defesa quase um mês depois do crime.

Menina de 2 anos morreu após ser espancada e estuprada em Campo Grande. — Foto: Reprodução

Preso suspeito de estuprar e matar a enteada, Sophia Ocampo, de 2 anos, Christian Campoçano Leithein, de 25 anos, se pronunciou pela primeira quase um mês depois do crime, em Campo Grande. Na nota enviada pela defesa, o denunciado nega ter violentado sexualmente a menina.

A defesa de Christian tem até semana que vem para apresentar a versão de Christian sobre o crime à Justiça. O prazo é o mesmo para Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, mãe da menina e que também está presa pela morte de Sophia.


O que diz a defesa de Christian

Conforme Pablo Gusmão, apesar dos indícios de que Sophia foi “vítima de violência sexual, não há indicativo concreto de que tenha sido o padrasto” o abusador.

“A palavra dele (Christian), embora diminuída neste momento – situação comum em casos como estes, é de que não praticou quaisquer atos libidinosos com a criança, negando veementemente a sua autoria em relação ao suposto crime de estupro a ele imputado”, diz a nota.

Segundo o advogado, ainda não saiu o resultado do exame de DNA que pode indicar se o cliente abusou ou não da menina. O único documento que saiu foi o laudo da morte da menina, que mostra que ela foi violentada antes de morrer. “Portanto, malgrado exista a suspeita de estupro, como dito, sua autoria não recai exclusivamente sobre o acusado, devendo aguardar maiores detalhes da apuração criminal”, acrescenta.

O advogado de Christian também falou sobre a conversa que o cliente teve com a mãe de Sophia logo após a confirmação da morte da menina. A troca de mensagens foi divulgada com exclusividade pelo g1, no bate-papo, o casal procura uma justificativa para a morte se Sophia.

“[…] ao que tudo indica, se tratam de expressões usuais, comum em conversas informais e pessoais ocorridas em momentos distintos entre o casal. Expressões coloquiais utilizadas por pessoas comuns: “dei uma surra na fulana””, diz a nota.

Conforme o advogado, a conversa só demonstra que o casal estava preocupado em “ter que justificar as marcas encontradas no corpo de Sophia, já que ambos podem ser responsabilizados por suas condutas”.

Entenda o caso

Sophia morreu aos 2 anos. — Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução

Relato de homofobia contra o pai. 30 procedimentos médicos em unidades de saúde antes de morrer. Casa em situação insalubre. Boletins de ocorrência. Mãe e padrasto presos. A morte da menina Sophia Jesus Ocampo, de 2 anos, chocou moradores de Campo Grande e é alvo de investigação da Polícia Civil.

As idas de Sophia à unidade de saúde eram frequentes. O prontuário médico da menina consta que ela fez 30 procedimentos médicos em unidades de saúde da capital, uma delas por fraturar a tíbia.


No dia 26 de janeiro, a mãe levou Sophia à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino, onde a menina já chegou morta. O médico legista constatou que o óbito havia ocorrido cerca de sete horas antes.

O laudo de necrópsia do corpo da menina, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), apontou que a causa da morte foi por traumatismo na coluna cervical e confirmou que Sophia foi estuprada.

A declaração de óbito aponta que a causa da morte foi por um trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O documento ainda diz que a menina sofreu "violência sexual não recente".

Pai também acusa homofobia

Jean, Sophia e Igor — Foto: Arquivo Pessoal

O pai de Sophia acusa a mãe da criança de homofobia durante as tentativas de buscar pela guarda da menina. Jean Carlos Ocampo diz ter tentando a guarda da filha, mas "ela [mãe da menina] dizia que não deixaria a filha com dois homens".

"A questão da homofobia existiu. A gente vê mães reclamando que o pai não é presente, e nesse caso tinha um pai tentando se fazer presente e ignoravam", afirma o pai da menina.

Jean relata vários momentos em que a homofobia barrou a relação entre ele a filha. "Teve esse preconceito por ser dois pais, porque quando você quer ajudar, as coisas acontecem, ainda mais no estado em que a minha filha chegava em casa. Eu mostrava fotos dos hematomas, mostrava a neném, e nada era feito".

Fonte - G1/MS

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