Sandra Sousa Freire, 33 anos, e Heloísa Sousa Freire, de 3, foram mortas na faixa de pedestre por um motociclista em alta velocidade
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A Justiça aceitou denúncia contra João Batista Siqueira da Silva, de 35 anos, pelo homicídio de Sandra Sousa Freire, 33 anos, e da filha dela, Heloisa da Silva Freire, de apenas 3 anos. O réu conduzia uma moto quando atropelou em alta velocidade as vítimas, quando elas atravessavam a faixa de pedestre, perto do Atacadão Dia a Dia, em Planaltina.
A denúncia foi oferecida pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Planaltina. Segundo a investigação da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), após a avaliação das imagens do atropelamento e a informação preliminar da perícia, a velocidade aproximada na moto era de 160km/h. A velocidade permitida para a via é de 60 km/h.
O acusado será julgado pelo Tribunal do Júri de Planaltina. Ele responderá por duplo homicídio culposo. A data ainda será definida. De acordo com o Código Penal Brasileiro, a pena é de 6 a 20 anos de reclusão por cada vítima.
O crime ocorreu no dia 10 de outubro de 2022, por volta das 10h da manhã, na Avenida Independência, uma das principais da cidade, na qual há muitos comércios e intenso fluxo de veículos e pedestres.
Segundo a promotoria, mesmo tendo conhecimento das características da região, o condutor da motocicleta dirigia em alta velocidade, acima do permitido. Na época do crime, ao prestar depoimento na polícia, o réu negou que estivesse em alta velocidade e disse não lembrar do que tinha acontecido.
Veja o vídeo:
De acordo com o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), João Batista tem histórico de infrações de trânsito, como excesso de velocidade e acidente envolvendo vítimas. O condutor foi preso em flagrante e aguarda o julgamento preso.
Luta por Justiça
Sandra era balconista de estabelecimento comercial e tinha outros filhos, de 14 e de 6 anos. “A realidade é que minha sobrinha perdeu a vida com a filhinha [dela]. E nada vai mudar isso”, desabafa Antônio José de Aguiar, 68 anos, tio de Sandra, em entrevista ao Metrópoles, logo após o atropelamento.
Antônio José contou que a sobrinha era trabalhadora, muito religiosa e uma boa mãe. “Queremos Justiça“, cobrou. O enterro de mãe e filha foi marcado por emoção e revolta.
Em lágrimas, durante a despedida, Márcia Freire, 42 anos, cunhada de Sandra e tia de Heloísa, disse que o sentimento é de tristeza por terem perdido pessoas amadas e de indignação pela imprudência e brutalidade com a qual a morte das familiares ocorreu
“Minha cunhada era uma das melhores pessoas que eu já conheci e minha sobrinha era a criança mais doce e feliz. Nunca as vi tristes, apesar das dificuldades. É inacreditável o que aconteceu. O que queremos agora é Justiça. É o mínimo que exigimos, pois minha cunhada e minha sobrinha não voltam mais”, disse Márcia.
Fonte - Metrópoles