O ministro participou de reunião com o presidente, no Supremo Tribunal Federal (STF), logo após pronunciamento no Palácio da Alvorada
Igo Estrela/Metrópoles
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi o primeiro integrante da Corte a falar sobre reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PL). O mandatário foi ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (1º/11), logo após fazer um pronunciamento no Palácio da Avorada, o primeiro após a derrota nas urnas.
Bolsonaro se reuniu com pelo menos oito ministros da Corte, no gabinete da presidente do STF, ministra Rosa Weber. Na saída do encontro, o mandatário não falou com a imprensa. O ministro Edson Fachin, no entanto, ao ser questionado se Bolsonaro reconheceu a derrota, comentou: “O presidente utilizou o verbo acabar no passado. Portanto, acabou. Agora é olhar para frente”, disse Fachin.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou do encontro que chamou de “institucional”. Na saída, ele disse: “Foi uma visita de cortesia. Tá tudo bem, tudo tranquilo. Tá tudo certinho”, disse.
Pronunciamento
A reunião ocorreu momentos após Bolsonaro se manifestar publicamente sobre as eleições deste ano. Na primeira fala depois de mais de 44 horas após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter confirmado a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito de domingo (30/10), Bolsonaro fez um rápido discurso, de dois minutos e três segundos, agradecendo os votos que recebeu, mas sem admitir a vitória do petista.
Durante a declaração, ele desaprovou atos de caminhoneiros que estão bloqueando rodovias em todo o país desde domingo. Disse que o “cerceamento do direito de ir e vir” é “método da esquerda”, mas que os movimentos são “fruto de indignação e sentimentos de injustiça”. Ele ainda afirmou que continuará cumprindo, “enquanto presidente e cidadão”, “todos os mandamentos” da Constituição brasileira.
Fonte - Metrópoles