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SOLIDARIEDADE - Mulher que pesa mais de 180 kg e não consegue andar pede ajuda para tratamento, em Goiânia

Ela explica ter sofrido um acidente que a impede de levantar da cama há dez meses. Secretaria de Saúde de Goiânia diz que equipe de atendimento domiciliar fará uma visita à paciente esta semana.



Uma mulher que pesa mais de 180 kg e não consegue andar pede ajuda para conseguir tratamento, em Goiânia. Priscila Amaral, de 39 anos, conta que está acamada, não conseguindo se levantar para nada há dez meses, após sofrer um acidente doméstico. Desde então, Priscilla depende dos cuidados do marido, Luiz Pereira, para todas as atividades que precisa fazer, como se alimentar ou cuidar de sua higiene.

"O que eu mais queria muita gente tem: tomar um banho em pé. Coisas simples que muita gente faz no dia a dia, eu não consigo", lamentou Priscila.

Ao g1, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que ainda esta semana uma equipe do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), fará uma visita à paciente para providenciar os encaminhamentos necessários para o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), a única unidade de saúde da capital com tratamento para obesidade.

Priscila conta que, desde que nasceu, tem uma síndrome rara chamada Prader Willi, que afeta seu metabolismo e influencia em sua obesidade.

Segundo a mulher, ela sofreu o acidente em casa, em novembro do ano passado, quando caiu enquanto brincava com sua cadela. Na época, ela conta que pesava cerca de 150 kg, mas engordou outros 30 kg ao ter que ficar de cama.

Priscila Amaral em sua cama 
Foto: Arquivo pessoal/Priscila Amaral

"Estava brincando com minha cachorrinha em frente à casa, onde tem uma árvore enorme com raízes altas. Minha chinela engarranchou na raiz e eu caí, jogando meu peso do lado do corpo", relembrou.

Depois de cair, ela explica que precisou passar por uma cirurgia no joelho e desde então não conseguiu mais se levantar. Por depender do marido para tudo, Priscila explica que muitas vezes ele precisa faltar ao trabalho para ficar com ela.

"Eu me sinto muito triste, muito deprimida. Tudo eu dependo do meu marido, e ainda mais passando por essa situação difícil que a gente passa", explicou.

No momento, ele está há quase dez dias sem trabalhar para conseguir cuidar da esposa e não esconde o medo de perder o emprego.

"Eu trabalho das 8h às 18h. Quando ela passa mal, eu preciso ficar aqui com ela, porque não posso deixar ela passando mal e ir trabalhar, mas batalhei demais para conseguir esse serviço", disse Luiz.

Luiz alimentando sua esposa, Priscila, que é acamada — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Além dos problemas de saúde, Priscilla e Luiz contam que a dificuldade financeira também afeta profundamente o dia a dia do casal, principalmente porque a única renda da casa é a do marido, que trabalha com carga e descarga de caminhão. Isso, porque até ficar acamada, Priscila era doceira e vendia brigadeiros, algo que também não consegue mais fazer.

Além de um colchão inapropriado para quem passa 24 horas deitada, eles também contam que falta dinheiro para alimentação, dada a necessidade diária do consumo de fraldas geriátricas. Por mês, ela detalha que usa cerca de 40 pacotes de fraldas por mês, custando cerca de R$ 800.

Nos últimos dias, ela conta ter começado a receber a ajuda de pessoas que se solidarizaram com sua situação. No entanto, apesar de estar grata, ela explica que as batalhas ainda são muitas.

Por Gabriela Macêdo e Gabriel Buosi, g1 Goiás e TV Anhanguera

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