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POLÍCIA - DF registra 11 feminicídios em sete meses; saiba quem são as vítimas

Os crimes chocaram a capital federal pela selvageria. As vítimas foram esfaqueadas, estranguladas, espancadas, alvejadas e queimadas

Pixabay

O Distrito Federal já registrou 11 casos de feminicídio em sete meses. No mesmo período em 2021, 16 mulheres perderam a vida pelo crime de ódio. Apesar da redução, os assassinatos seguem chocando e indignando moradores da capital federal. Todos os casos envolveram selvagerias como esfaqueamentos, estrangulamentos, espancamentos, além da vítimas também terem sido alvejadas ou queimadas.

Junho foi o mês que encerrou com o maior número de casos de feminicídio em 2022; são três mortes. Em seguida:

Janeiro – dois casos;
Fevereiro – dois casos;
Março – um caso;
Maio – dois casos;
Junho – três casos.
Julho – um caso.

Violência contra mulher: identifique e saiba como denunciar

A Campanha Mulher, Você não Está Só foi criada para atendimento, acolhimento e proteção às mulheres em situação de violência que pode ter sido consequência, ou simplesmente agravada, pelo isolamento resultante da pandemia. Basta ligar para (61) 99415-0635.

A violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico a ela, tanto no âmbito público como no privado.

Esse tipo de agressão pode ocorrer de diferentes formas: física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral.

A violência psicológica caracteriza-se por qualquer conduta que cause dano emocional, como chantagem, insulto ou humilhação.

Já a violência sexual é aquela em que a vítima é obrigada a manter ou presenciar relação sexual não consensual. O impedimento de uso de métodos contraceptivos e imposição de aborto, matrimônio ou prostituição também são violências desse tipo.

A violência patrimonial diz respeito à retenção, subtração, destruição parcial ou total dos bens ou recursos da mulher. Acusação de traição, invasão de propriedade e xingamentos são exemplos de violência moral.

A violência pode ocorrer no âmbito doméstico, familiar e em qualquer relação íntima de afeto. Toda mulher que seja vítima de agressão deve ser protegida pela lei.

Segundo a Secretaria da Mulher, a cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência no Brasil. A pasta orienta que ameaças, violência, abuso sexual e confinamento devem ser denunciados.

A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita pelo 190 da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na Central de Atendimento da Mulher pelo 180 ou na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que funciona 24h.

O aplicativo Proteja-se também é um meio de denúncia. Nele, a pessoa poderá ser atendida por meio de um chat ou em libras. É possível incluir fotos e vídeos à denúncia.

A Campanha Sinal Vermelho é outra forma de denunciar uma situação de violência sem precisar usar palavras. A vítima pode ir a uma farmácia ou supermercado participante da ação e mostrar um X vermelho desenhado em uma das suas mãos ou em um papel.

Representantes ou entidades representativas de farmácias, condomínios, supermercados e hotéis em todo DF que quiserem aderir à campanha devem enviar um e-mail para sinalvermelho@mulher.df.gov.br.

Os centros especializados de Atendimento às Mulheres (Ceams) oferecem acolhimento e acompanhamento multidisciplinar. Os serviços podem ser solicitados por meio de cadastro no Agenda DF.

Os núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (NAFAVDs) oferecem acompanhamento psicossocial às pessoas envolvidas em situação de violência doméstica e familiar. O NAFAVD recebe encaminhamentos pela Justiça ou Ministério Público. Os autores de violência podem solicitar atendimento sem encaminhamento.

A Campanha Mulher, Você não Está Só foi criada para atendimento, acolhimento e proteção às mulheres em situação de violência que pode ter sido consequência, ou simplesmente agravada, pelo isolamento resultante da pandemia. Basta ligar para (61) 99415-0635.

O primeiro caso ocorreu em 22 de janeiro. Eliuda Veloso, 35 anos, morreu com pancadas na cabeça. A mulher estava seminua em um matagal em Santa Maria quando teve o corpo encontrado pela polícia.

De acordo com a Polícia Civil do DF, ela foi espancada e estava sem as partes de baixo da roupa. Um suspeito, 34, acabou preso pelo crime, após fugir ensanguentado do local. Eliuda tinha quatro filhos.

Kelle Cristina Pereira da Silva, de 23 anos, foi encontrada morta em Brazlândia, no DF — Foto: Reprodução

A segunda vítima, Kelle Cristina Pereira da Silva, 23, ficou desaparecida por oito dias antes de ser encontrada morta em um poço de uma chácara em Brazlândia, em 24 de janeiro. O principal suspeito pelo crime é o ex-companheiro dela.

As investigações apontam que o crime pode ter sido motivado por ciúme, já que o homem não aceitava o fim do relacionamento com a jovem. O suspeito cometeu suicídio após depoimento na delegacia. Antes de morrer, ele teria negado qualquer envolvimento com a morte de Kelle.

Dedos decepados

Ana Cristina Farias de Araújo, 51, morreu esfaqueada em 1º de fevereiro, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIG). Ela teve alguns dedos decepados ao tentar defender-se dos ataques de facão do genro. A mulher levou três facadas na cabeça, uma no ombro e outra na axila esquerda.

A vítima negou-se a contar para Marcos Fernando Domingos Pereira, 26, sobre o paradeiro da filha. As duas tinham medida protetiva contra o homem. Após o feminicídio, Marcos afirmou que mataria o irmão e a irmã da ex-companheira. Ele acabou preso.

Ainda em fevereiro Eunice Maria de Sousa Barros, 54 anos, morreu após ser esfaqueada em 5 de fevereiro. A mulher chegou a ser hospitalizada em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos.

Ela, mais três mulheres e uma criança de oito anos, estava em uma reunião de família em Samambaia quando o companheiro de uma das vítimas chegou ameaçando as mulheres com uma faca.

A quinta vítima de feminicídio neste ano morreu estrangulada pelo marido. Joana Santana Pereira dos Santos, 44, discutiu com o companheiro e foi encontrada desacordada dentro do quarto. O autor Silvestre Pereira de Araújo, 44, tentou suicídio em seguida, mas foi levado ao hospital pelos policias e acabou preso.

O crime ocorreu em Arapoanga, em 20 de março. O casal tinha quatro filhos que estavam dentro da residência quando a mãe morreu. Silvestre confessou o crime para um irmão antes de tentar se matar.

Corpo carbonizado

Brenda Pinheiro da Silva, 26 anos, teve o corpo carbonizado e abandonado em matagal na Samambaia. A jovem estava desaparecida há quatro dias e levou 22 facadas. Além disso, investigações apontam que a vítima teria sido estuprada. Brenda morava no Recanto das Emas e deixou três filhos pequenos.
Marina Paz Katriny, 29, também teve o corpo parcialmente carbonizado. A mulher foi encontrada na BR-070, em 18 de maio. Segundo a PCDF, ela apresentava um lesão na testa e outros dois ferimentos na cabeça provocados por disparos de arma de fogo.

Ela era atendente e natural de Rio Branco (AC). Estava em Brasília há seis meses para estudar pedagogia. Os parentes reconheceram o corpo pelas tatuagens. O companheiro de Marina acabou preso pelo crime.

Viviane Silva, 19 anos

A jovem Viviane Silva, 19, teve o corpo abandonado em um córrego no Setor Habitacional Água Quente, no Recanto das Emas, em 2 de junho. Apesar do corpo não apresentar sinais aparentes de agressão, a vítima estava seminua.

A estudante foi atingida por um forte golpe na cabeça e depois afogada no córrego. O autor do crime é Antônio Silva, 40. Ele é pedreiro e teria convidado a vítima para um bar.

Priscila Teixeira de Santos, 33, foi esfaqueada pelo namorado na QNH 13 de Taguatinga, em 29 de junho. A mãe de Priscila achou o corpo da filha na cozinha de casa dois dias após o crime.

A mulher se relacionava com o suspeito Gustavo Brito, 22, há pelo menos seis meses. Vizinhos relatam que os dois discutiam muito e a mulher era agredida. Priscila nunca havia registrado ocorrência.

Casos mais recente

Câmeras de segurança registraram os últimos passos de uma mulher transexual, identifica como Isabella Yanka, 20 anos, pouco antes de ela ter sido assassinada em Ceilândia, por volta das 4h30, do último sábado (30/7). Ela foi vítima de esfaqueamento. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu o suspeito, 27, nesta terça-feira (2/8). Ele não teve o nome divulgado.

O corpo da transexual foi encontrado próximo a uma festa na Praça da Bíblia, na QNP 19. Segundo os agentes, a mulher esteve na confraternização junto de algumas amigas mas, após a ingestão de grande quantidade de álcool, elas teriam se perdido e a vítima não foi mais vista.

Jakeliny Neres Ferreira, 43, morreu nesse domingo (31/7), no Paranoá. O namorado da vítima Fabrício Lima de Araújo, 27, confessou o crime e está preso. Os dois mantinham um relacionamento há três meses.

O homem esfaqueou Jakeliny após vê-la conversando com outro. Fabrício tentou fugir com a ex-namorada, mas foi preso em flagrante com as malas prontas.

Fonte - Metrópoles

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