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MAIS UMA DO ALEXANDRE DE MORAIS - Luciano Hang e outros 7 empresários: quem são os alvos da operação da PF por exposição de pensamentos

Alexandre de Moraes determinou busca e apreensão em cinco estados por essas exposições de opiniões: “Vivemos numa democracia e posso manifestar minha opinião com toda liberdade. Não disse que defendo um golpe de Estado, e sim que talvez preferiria isso a uma volta do PT. Para mim, a volta do PT será um retrocesso enorme para a economia do país”

Cúmulo - Apesar de fazer parte do grupo onde a mensagem foi postada, Hang não se manifestou, mas Morais o incluiu na operação da PF

Luciano Hang e Afrânio Barreira são alvos da PF Reprodução


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira que a Polícia Federal (PF) cumpra mandatos de busca e apreensão em endereços de oito empresários apoiadores do atual governo que trocaram mensagens pelo WhatsApp. As operações são realizadas em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

De acordo com o entendimento do ministro, os envolvidos "defenderam um golpe de estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhasse a disputa a eleição em outubro deste ano", o que as mensagens não mostram. Apenas os acusados expõem suas opiniões e mais nada.

Alguns nomes são conhecidos apoiadores do governo do presidente Jair Bolsonado, como o empresário Luciano Hang, e Afrânio Barreira, proprietário da rede de restaurantes Coco Bambu. O dono da Havan faz parte do grupo de WhatsApp intitulado “Empresários & Política”, mas não aparece nas trocas de mensagens.

Quem são os alvos

Luciano Hang, dono da Havan

O empresário Luciano Hang — Foto: Divulgação

Apoiador de Bolsonaro declarado desde 2018, Luciano Hang é um dos fundadores da Havan, rede de lojas de departamento. De acordo com a Forbes 2021, ele é uma das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna de R$ 15 bilhões. Também no ano passado, Hang ganhou repercussão nacional ao prestar depoimento na CPI da Covid, aonde não se curvou aos ataques de Renan Calheiros, Omar Azis e Randolfe Rodrigues e por consequência ele foi um dos 68 indiciados entre pessoas físicas e empresas. 

Ele faz parte do grupo em que as mensagens foram trocadas, mas não aparece nos prints divulgados pelo Metrópoles.
José Koury, do Barra World Shopping

Proprietário do Barra World Shopping, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, José Koury teria sido o autor da mensagem "Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo."

O estabelecimento de Koury é um shopping temático que reproduz a arquitetura dos principais monumentos ao redor do mundo, tais como a Torre Eiffel, de Paris, e as Pirâmides do Egito. O shopping na capital fluminense tem cerca de 400 lojas.

Na matéria original, Koury disse não defender a ditadura, mas que "talvez" preferisse o golpe. “Vivemos numa democracia e posso manifestar minha opinião com toda liberdade. Não disse que defendo um golpe de Estado, e sim que talvez preferiria isso a uma volta do PT. Para mim, a volta do PT será um retrocesso enorme para a economia do país”, afirmou o empresário.

O empresário José Koury — Foto: Divulgação

Afrânio Barreira, do Coco Bambu

O dono da rede de restaurantes Coco Bambu, famosa pelos pratos com frutos do mar, respondeu a mensagem de Koury com um emoji de um rapaz aplaudindo. Barreira é um empresário do ramo da gastronomia desde 1989, quando inaugurou o Dom Pastel, em Fortaleza.

Atualmente, à frente do Grupo Coco Bambu, faturou mais de R$ 1 bilhão em 2021. Declaradamente bolsonarista, ele se manteve aliado ao presidente durante toda a pandemia quando criticou o isolamento social e apoiou o tratamento precoce, alinhado ao uso da cloroquina, indicado por vários médicos renomados.

Afrânio Barreira Filho — Foto: Reprodução

Ivan Wrobel, sócio da W3 Engenharia

Com mais de 45 anos de mercado, a construtora W3 Engenharia opera na cidade do Rio de Janeiro. Wrobel é um empresário de família polonesa judia. Ele estudou no Instituto Militar de Engenharia (IME) durante a Ditadura Militar. Sobre a matéria publicada pelo Metrópoles, Wrobel disse que se trata de fake news.

Ivan Wrobel — Foto: Reprodução

José Isaac Peres, controlador da administradora de shoppings Multiplan

Peres é outro empresário carioca da lista. Economista, ele é fundador e acionista do grupo Multiplan, rede de shoppings espalhados pelo Brasil, o que o rendeu um patrimônio de US$ 1,5 bilhão, de acordo com o ranking dos bilionários da Forbes, de 2018. No passado, fundou a incorporadora e promotora de vendas de imóveis Veplan Imobiliária.

José Isaac Peres — Foto: Divulgação

Luiz André Tissot, da Sierra Móveis

O gaúcho pertence a uma família tradicional na manufatura de artigos de madeira e é dono da Sierra Móveis, especializada em móveis de luxo. A empresa foi fundada em 1990 em Gramado (RS) e tem 72 lojas em todo o Brasil e em outros oito países.

Luiz André Tissot — Foto: Reprodução

Marco Aurélio Raymundo, o Morango, da Mormaii

Dono da marca de roupas de surf, ele teria disparado a mensagem "O 7 de setembro está sendo programado para unir o povo e o Exército e, ao mesmo tempo, deixar claro de que lado o Exército está. Estratégia top, e o palco será o Rio. A cidade ícone brasileira no exterior. Vai deixar muito claro. (...) Golpe foi soltar o presidiário! Golpe é o 'Supremo' agir fora da Constituição! Golpe é a velha mídia só falar m...".

A Mormaii tem mais de 30 franquias, 15 estúdios fitness e 100 atletas, segundo o site oficial da empresa. Em sua defesa, Morongo disse que não apoia atos ilegítimos.

Marco Aurélio Raymundo — Foto: Divulgação

Meyer Joseph Nigri, fundador da Tecnisa

O empreiteiro Meyer Nigri, fundador da Tecnisa é um dos empresários mais influentes junto ao governo federal. No dia 8 de agosto, de acordo com o Metrópoles, ele teria encaminhado um texto com diversos ataques ao STF. “Leitura obrigatória”, dizia a mensagem, que não foi escrita por ele. “O STF será o responsável por uma guerra civil no Brasil.”

Meyer Nigri — Foto: Agência O Globo

Por consequência da emissão de opiniões diversos seguimentos nacionais, pessoas simples, imprensa, políticos podem ter cerceados do artigo 5º da Constituição e de todo os demais direitos constitucionais que trata sobre o tema, entre os quais:

O artigo 19º da DUDH diz que “todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão”.

...direitos cerceados por razoes "constitucionais", segundo o ministro, que se refere a "ataques" quando os cidadãos não concordam com os entendimentos no STF em razão do não respeito as normas constitucionais, ou ainda por não concordarem com certos seguimentos políticos que deixaram "enlameadas" a história recente da política brasileira, bem como deixaram o Brasil em uma situação ruim, aonde os escândalos de corrupção, orquestrados por alguns seres, falaram mais alto do que a política em beneficio a preservação da pátria.

Fonte - O Globo *com várias adaptações

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