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BRASIL - Conselho pede cassação de Gabriel Monteiro: “Ter poder não é abusar”

Relatório apresentado nesta terça (2/7) na Câmara Municipal do Rio, por um vereador de extrema esquerda, pede a cassação do mandato do vereador

Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – O relator do Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio vereador Chico Alencar (PSol), apresentou, no início da tarde desta terça-feira (2/8), o relatório final do processo ético-disciplinar contra o vereador Gabriel Monteiro (PL). O relatório pediu a cassação do mandato de Monteiro.

“Exercício de mandato público é respeito à dignidade, sobretudo dos mais vulneráveis, e não postura de manipulação, arrogância e mandonismo. Ter poder não é abusar dele, nem vestir manto para abrigar desmandos”, diz um trecho do relatório.

O vereador Chico Alencar (PSol), relator do processo, relembrou a passagem de Gabriel Monteiro na Polícia Militar, onde colecionou casos de indisciplina e detenções. Segundo especialistas, os supostos fatos na PMRJ nada tem haver com o exercício do mandato, mas o conselho "tendenciosamente" incluiu tais fatos no relatório com a finalidade de agravar ainda mais a situação do vereador junto ao pleno causando certa comoção nos vereadores na hora de votarem o relatório.

“O representado tem uma história de vida, como todos sabem foi dos quadros da PM, o que é honroso, mas por lá não durou muito. Chegou a ser expulso da PM por faltas e tudo mais, mas reverteu essa punição no Judiciário”, disse Alencar.

O relatório afirma ainda que a “prática dos atos incompatíveis com o decoro parlamentar pelo vereador Gabriel Monteiro, apurados por este Conselho de Ética, tiveram o condão de atingir a própria essência do Poder Legislativo ao qual pertence”.

Veja os "SUPOSTOS" crimes cometidos por Gabriel Monteiro citados no relatório:

I – Filmagem e armazenamento de vídeo em que o mesmo pratica sexo com adolescente de 15 anos de idade, tendo sido provado que detinha inequívoca ciência quanto à idade da vítima – fato que configura, em tese, o crime sexual previsto no art. 240, caput, do ECA;

II – Exposição vexatória de crianças, por meio da divulgação de vídeos manipulados em situação de vulnerabilidade para fins de enriquecimento e promoção pessoal;

III – Exposição vexatória, abuso e violência física contra pessoa em situação de rua, por meio de pseudo experimento social com a finalidade de enriquecimento e promoção pessoal;

IV – Assédio moral e sexual contra assessores do mandato;

V – Perseguição a vereadores com a finalidade de retaliação ou promoção pessoal;

VI – Utilização de servidores de seu gabinete parlamentar para a atuação em sua empresa privada – fato que constitui, em tese, o crime de peculato previsto no art.312 do CP;

VII – denúncias contundentes de estupro por 4 mulheres que relatam o mesmo modus operandi.

Com a publicação do relatório, a defesa do vereador tem cinco dias úteis para apresentação de alegações finais, mas já antecipou em vários pronunciamentos que tais fatos são "fantasiosos e tendenciosos com a finalidade de desmoraliza-lo junto a opinião pública" e que tudo já está sendo esclarecido junto as esferas do judiciário.

Gabriel Monteiro e ex-militar da PMRJ e ganhou notoriedade como youtuber ao denunciar o caos e a má prestação de serviços por servidores públicos da capital fluminense. 

Com mais de 6 milhões de seguidores nas redes sociais, onde sua atuação o colocou entre os maiores — e mais controversos — influenciadores digitais brasileiros, somente no YouTube, Monteiro também coleciona outros milhares de seguidores em outras redes sociais, entre as quais se destacam o Twitter e Instagram.

Como o discurso anti-corrupção e de combate ao crime, além da popularidade em alta devido sua atuação nas redes sociais, foi eleito vereador pela capital fluminense com uma votação expressiva. Com 60.326 votos, foi o terceiro mais votado, superado apenas por Tarcísio Motta (PSOL) e Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente.

Por sua vez, a conduta do vereador durante o exercício do mandato causou preocupação em muitos "servidores" que eram acostumados não cumprirem com suas obrigações. Ele se destacou ao fazer rondas noturnas em hospitais e UPAS onde eram comuns médicos e enfermeiros estarem dormindo no horário de expediente enquanto pacientes se acumulavam nos corredores ou em salas de espera sem atendimento.

Monteiro também foi o responsável por desarticular várias supostas facções criminosas que atuavam na Prefeitura da capital  fluminense, entre as quais se destacaram a máfia dos guinchos e os depósitos de apreensão de veículos, onde tais automotores eram depenados e tinham suas peças supostamente revendidas clandestinamente.

Na opinião da comunidade fluminense, o vereador Gabriel Monteiro está sendo vítima de um "grande esquema que foi montado" a fim da sua exclusão dos quadros da câmara de vereadores da capital, abrindo assim mais espaços para o crime organizado.

De acordo com vários relatos de pessoas que preferem não se identificar, devido a atuação parlamentar de Gabriel, que "cumpre rigorosamente o papel de fiscalizar as ações do executivo", vários grupos criminosos que agem dentro da prefeitura e órgãos correlacionados estão aos poucos sendo desarticulados e seus responsáveis acabam presos e respondem processos criminais, entre esses estão militares donos de empresas, milicianos e servidores públicos.

A máfia dos guinchos foi o estopim para que a vida de Monteiro virasse de cabeça para baixo e sua reputação no meio político virasse um caos. Crimes imputados da Monteiro já somam dezenas de casos e muitos vieram a tona depois que pessoas anomias começaram a fazer denuncias de forma orquestrada e repentinamente, segundo a defesa, de ações supostamente ocorrida há vários anos, ou seja, tudo ocorrera de forma inesperada e após as denúncias de monteiro envolvendo, principalmente, a máfia do guinchos da capital. São denúncias que vão de assedio sexual, moral até estupro contra ex-assessores, casos desmentidos pelo vereador sua defesa.

A contar com o tom de alguns vereadores na câmara municipal em torno do assunto, especiosamente vereadores "de oposição" a Monteiro, seguramente a sua situação será irreversível e o seu mandato será cassado. Todavia, o caso está longe de acabar e será discutido nas esferas do judiciário.

Fonte - Agência Satélite *com informações do Metrópoles

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