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POLÍCIA - Servidora municipal de Formosa é suspeita de desviar R$ 110 mil em taxas de embarque

Ação investiga supostos desvios de recursos públicos ocorridos no terminal rodoviário do município a partir de 2018

MP prende servidora de Formosa suspeita de desviar R$ 110 mil em taxas de embarque (Foto: MPGO)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou a Operação Expresso do Oriente em Formosa, nesta terça-feira (19). A ação investiga supostos desvios de recursos públicos ocorridos no terminal rodoviário do município a partir de 2018 e teve uma prisão preventiva.

Segundo o MP, o alvo foi uma servidora municipal. Ela é suspeita de recolhimento e apropriação indevida (desvio) de taxas de embarque na rodoviária no montante de, pelo menos, R$ 110 mil. Além do mandado de prisão preventiva, o órgão cumpriu outros dois de busca e apreensão. Vale citar, equipes da Polícia Civil participaram da operação.

Ainda conforme o Ministério Público, a servidora – que é assessora especial da prefeitura e responsável pela cobrança e recebimento das taxas de embarque pagas pelos passageiros – é suspeita de desviar para si parte dos valores pagos pelos passageiros. “A partir de agora, será dada continuidade às apurações para identificar e responsabilizar outros possíveis envolvidos, inclusive com atuação delituosa em anos anteriores”, pontua Douglas Chegury, titular da 3ª Promotoria de Justiça.

Operação Expresso do Oriente

Ao Mais Goiás, o promotor Douglas Chegury explicou que os valores desviados foram cerca de R$ 110 mil e são referentes apenas a conta bancária – verificados por meio de quebra de sigilo – da suspeita, de janeiro de 2018 a dezembro de 2021. “São valores que transitaram pela conta, mas pode ser maior. Muitas taxas eram pagas em espécie e [imagina-se que] parte ela depositava e outra não. Ainda não tivemos como identificar essa diferença.”

Sobre a apuração, o membro do MP explica que a suspeita embolsava parte das taxas repassadas pelas empresas de ônibus que deveriam ser depositadas integralmente à prefeitura. O MP foi acionado pelas instituições, quando elas foram cobradas pelo município, uma vez que constava débito na administração da cidade.

Ele explica que atualmente as empresas não repassam as taxas, mas pagam um boleto que cai direto na conta da prefeitura para evitar esse tipo de esquema. “Agora vamos ouvi-la e todo o material apreendido passará por perícia. Quase sempre aparece algum outro ‘elemento'”, avalia. Em relação aos mandados de busca e apreensão, os dois foram cumpridos em residências da suspeita. Ela foi presa em uma das casas. A investigação começou há cerca de seis meses.

Prefeitura de Formosa

O portal procurou a prefeitura de Formosa para comentar o caso. Confira a nota na íntegra:

“Diante dos fatos revelados pela imprensa até o momento sobre a ‘Operação Expresso Oriente’, desencadeada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por intermédio da 3ª Promotoria de Justiça de Formosa, que visa instruir investigação de supostos desvios de recursos públicos ocorridos no terminal rodoviário de Formosa desde 2018, em razão do recolhimento e apropriação indevida de taxas de embarque por parte de uma servidora municipal, a Prefeitura Municipal de Formosa esclarece que até o presente momento este Ente não foi citado para se manifestar em face à presente operação.

Esclarecemos ainda que a Prefeitura acompanhará o caso com atenção esperada e que todas as denúncias sejam apuradas e os culpados sejam exemplarmente punidos na forma da lei. Por fim esta Administração reitera o compromisso com a legalidade das práticas administrativas.”

*Matéria atualizada às 18h44 com nota da prefeitura.

Fonte - Mais Goiás

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