Clara Leal, de apenas 4 meses, foi diagnosticada em maio deste ano com uma doença no coração que evoluiu para a necessidade de transplante
Imagem cedida ao Metrópoles
Após quase dois meses internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, a pequena Clara Leal Ramalho Catunda (foto em destaque), de apenas 4 meses, venceu uma nova batalha contra a cardiopatia grave que possui. Nessa sexta-feira (22/7), a menina recebeu o tão esperado transplante de coração, em uma cirurgia de sucesso.
Clara foi diagnosticada com um problema no coração que acabou se agravando e evoluiu para necessidade de transplante. Enquanto aguardava por um doador, a menina era medicada com remédios que mantinham o funcionamento do órgão e, também, necessitava de ventilação mecânica.
Na madrugada dessa sexta, a equipe do ICTDF foi comunicada de que havia um doador compatível com a menina, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
“A captação do órgão ocorreu pela manhã e o transplante, à tarde. A doação veio de uma criança de 2 anos de idade. Por ser um coração maior, tivemos que usar algumas técnicas para compatibilizar o tamanho, mas a cirurgia foi um sucesso”, conta o cardiologista responsável pela cirurgia, Fernando Atik.
Entenda o caso
No início de maio, Clara foi diagnosticada com uma bronquiolite, mas fazia o tratamento em casa. Porém, a menina teve uma piora no quadro e precisou ser internada na UTI do Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
Por causa do inchaço no coração e a deterioração do órgão, a cardiologista responsável pela paciente solicitou a realização de uma ressonância com contraste e sedação total, que constatou a cardiopatia grave.
A menininha também tinha encaminhamento médico para ser transferida em definitivo para o ICTDF, pois precisava de acompanhamento cardiológico especializado.
A 5ª Vara da Fazenda Pública e Saúde Pública do DF determinou que Clara fosse transferida para o instituto, uma vez que a “gravidade do estado de saúde foi reconhecida em vários outros laudos, relatórios médicos e exames que acompanham a exordial, donde se extrai, no mínimo, a presunção da necessidade de realização de acompanhamento especializado que não era fornecido no HRT”.
“Não tem mais o que possa ser feito clinicamente”, revelou o pai, Thiago Ramalho Catunda, de 33 anos, à época. Segundo ele, o laudo do último exame apontou que parte do coração da pequena não funcionava mais. “Quando o laudo saiu, deu que o lado esquerdo do coração dela está perdido”. O drama pode ser acompanhado pelo Instagram criado pela família para atualizações diárias.
De acordo com o médico responsável pela cirurgia, a perspectiva de recuperação de Clara é muito boa. “Agora, é preciso recuperar todos os outros órgãos que estavam afetados pela cardiopatia. Foram poucos casos em que foram implantados em crianças tão pequenas. Não por falta de necessidade, mas por oferta de doador”, ressalta Atik.
Fonte - Metrópoles
Leia também em www.agenciasatelite.com.br