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POLÍTICA - “Qual ameaça estou oferecendo para a democracia?”, questiona Bolsonaro

Gustavo Moreno/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou a mobilização implantada pelos adversários em torno da Carta pela Democracia. Em conversa com simpatizantes, na saída do Palácio da Alvorada, o mandatário perguntou se era uma ameaça para a democracia.

“Carta pela democracia? Qual ameaça estou oferecendo para a democracia?”, questionou Bolsonaro ao dar início ao assunto. Na fala, ele ainda acusou os presidentes de bancos de estarem patrocinando a mobilização.

“Você pode ver, esse negócio de carta aos brasileiros, da democracia, os banqueiros estão patrocinando. É (com) o Pix que eu dei uma paulada neles. Os bancos digitais, também nós facilitamos. Estamos acabando com o monopólio dos bancos. Estão perdendo o poder”, sugeriu o chefe do Executivo.

De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano deverá ser o general Walter Braga NettoIgo Estrela/Metrópoles

Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022Reprodução/Instagram

Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos.

Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois.

Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.

Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM).

Em 1987, novamente respondeu perante o STM por supostamente passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam.

A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães supostamente faltaram com a verdade e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair.

Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República.

Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL).

É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 37, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 40, sendo os três últimos também políticos.

Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de um atentado, aonde levou uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente.

Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além da troca de vários ministros que não se encaixaram no sistema de governo do presidente, ainda sofre ataques da imprensa que a todo momento tenta impultar-lhe crimes sem qualquer sustentação jurídica, além das várias investidas da esquerda e constantes questionamentos "jurídicos" por parte de uma parte dos ministros do STF, entre os quais se destacam Alexandre de Morais. 

Logo ao assumir a presidência, Bolsonaro se viu no meio de uma crise institucional, além de passar  três anos do seu governo durante uma das maiores crises que foi a pandemia do Covid19. Mesmo assim conseguiu superar a crise e está colocando o Brasil entre as maiores economias mundiais, mesmo assim sofre constantemente ataques por parte da imprensa, esquerda e de representantes do judiciário devido ao seu jeito de lidar com adversários políticos.

Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, por exemplo, foram lançados para ajudar na manutenção de famílias atingidas pela pandemia e ainda assim foi responsabilizado pela CPI da pandemia, que ficou conhecida pela CPI do "circo" como sendo um dos maiores responsáveis pelas mortes ocorrida durante o seu pico.

De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano será o general Walter Braga Netto.

Na quarta-feira (28/7), enquanto caminhava para o Congresso Nacional para uma convenção partidária, Bolsonaro também teceu críticas à "carta em defesa da democracia" elaborada por representantes da oposição, a qual classificou como “cartinha”.

“Vivemos em um país democrático, defendemos a democracia. Não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia, e que queremos, cada vez mais, nós, cumprir e respeitar a Constituição”, pontuou Bolsonaro na ocasião.
Carta em defesa à democracia

A divulgação de uma Carta em Defesa da Democracia se tornou um dos principais fatos políticos da semana no Brasil por representar ampla união de ideologias políticas distantes uma das outras em quase tudo, mas consensuadas em apoio ao sistema eleitoral brasileiro. Ressalta-se que a iniciativa se fez por parte da oposição ao governo Jair Bolsonaro.

Formulado por professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), tendo apoio irrestrito de opositores de Jair Bolsonaro, o documento recebeu o apoio de políticos de esquerda e de direita, de economistas ortodoxos e heterodoxos; de advogados lavajatistas e garantistas, banqueiro e até mesmo de personagens que já estiveram ligados ao governo de Jair Bolsonaro e que foram desligados devido não atuarem nos objetivos traçados pelo governo.

Numa tentativa clara de desestabilizar Jair Bolsonaro, devido cobrar das instituições judiciais mais transparência no processo eleitoral, principalmente com a implantação do voto impresso aditável o que poderá garantir maior segurança no processo, a carta afirma que o Brasil “está passando por um momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.

O texto tenta defender as urnas eletrônicas ao dizer que “o processo de apuração no país tem servido de exemplo no mundo, com respeito aos resultados e transição republicana de governo”.

Fonte - *com informações do Metrópoles após adaptações
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