O ministro Luiz Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fixou o prazo de cinco dias para que o presidente da República, Jair Bolsonaro, se manifeste sobre a reunião realizada com embaixadores no Palácio do Planalto, na segunda-feira (18).
O magistrado atende ao pedido dos partidos PT, PCdoB, PDT e Rede, que também querem a exclusão do vídeo em que Bolsonaro supostamente levanta dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas aos diplomatas.
No despacho, Fachin menciona “questões processuais” sobre a viabilidade, ou não, desse tipo de ação se debruçar sobre abuso de “poder político neste momento”, antes do registro de candidatura, e pede a manifestação de todas as partes envolvidas no pedido.
As siglas esquerdistas alegam que as falas de Bolsonaro na reunião com embaixadores “têm capacidade de ocasionar uma espécie de efervescência nos seus apoiadores e na população em geral, ainda mais quando o conteúdo é difundido através de redes sociais, que possuem um alto alcance”.
Na referida reunião, Bolsonaro afirmou estar preocupado com transparência das eleições e apresentou matérias exibidas na época de eleições anteriores, que mostram erros das urnas eletrônicas. O mandatário também citou um inquérito da Polícia Federal que apura um ataque hacker ao TSE.
“Segundo o TSE, os hackers ficaram por oito meses dentro do computador do TSE, com código-fonte, senhas — muito à vontade dentro do TSE”, observou Bolsonaro, durante a reunião. “A PF informou, ao longo do inquérito, que eles poderiam alterar nome de candidatos, tirar voto de um e mandar para o outro”, afirmou o presidente.
Fonte - Portal Hora Brasília
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