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Com qual dos ministros cotados para vice Bolsonaro mais se reúne?

Presidente tem ao menos quatro ministros que podem vir a compor a chapa que tentará a reeleição ao Palácio do Planalto

Arte/Metrópoles

Na corrida para disputar a reeleição ao Palácio do Planalto, em outubro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem ao menos quatro ministros no leque de opções que podem vir a compor a chapa presidencial.

A lista conta com os dois generais Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), e Walter Braga Netto, da Defesa, a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, e o sanfoneiro Gilson Machado, do Turismo.

Recentemente, o atual chefe do Executivo federal demonstrou não ter pressa para anunciar o escolhido, uma vez que, segundo ele, não se pode “queimar a largada”.

A primeira vez que o atual vice-presidente, Hamilton Mourão, se deu conta de que não seria escolhido para repetir a chapa de 2018 foi durante uma entrevista em 26 de abril de 2021. Questionado sobre o assunto, ele disse que Bolsonaro deveria optar por outro nome para tentar a reeleição.

“Bolsonaro vai escolher outra pessoa para acompanhá-lo para a reeleição. O que tenho visto [nas] declarações de Bolsonaro é que ele precisaria de outra pessoa no meu lugar, mas ele nunca disse isso para mim”, afirmou Mourão ao jornal Valor Econômico na ocasião.


Com base na agenda oficial do presidente, o Metrópoles fez um levantamento de compromissos de Bolsonaro com os ministros que têm chances de ocupar a Vice-Presidência do país. O período considerado foi de 26 de abril de 2021 – quando Mourão disse que Jair deveria escolher outro nome – até a primeira quinzena de fevereiro deste ano.


Nesse intervalo, Bolsonaro e Mourão se reuniram apenas uma vez, segundo os registros oficiais. Já Braga Netto foi o ministro que se encontrou com o chefe do Palácio do Planalto (leia os detalhes mais abaixo).

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), também sairá do Executivo para concorrer ao senado ou governo de Mato Grosso do Sul (MS)
 Divulgação/MAPA

O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que 31 de março será um “grande dia”, porque 11 ministros sairão e 11 entrarão. Apesar do número citado por Bolsonaro, ao menos 13 chefes de pastas devem deixar o governo para concorrer a algum cargo nas eleições deste ano 

Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. A lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 31 de março de 20221

O ministro da Justiça, Anderson Torres (PSL), deve deixar o cargo para concorrer a senador ou governador do Distrito Federal (DF)

Ciro Nogueira (PP) é o atual ministro da Casa Civil, mas pretende disputar o cargo de governador do Piauí (PI)

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (PP), vai disputar a posição de senadora, porém, ainda não definiu em qual estado brasileiro vai se candidatar 

Fábio Faria (PSD) estuda trocar de partido político e, também, candidatar-se à disputa pelo senado ou governo do Rio Grande do Norte (RN). Ele é o atual ministro das Comunicações

Flávia Arruda (PL), ministra da Secretaria de Governo, vai deixar o cargo para concorrer às eleições como senadora ou governadora do DF Divulgação

O ministro do Turismo, Gilson Machado (PSC), também vai disputar as eleições de 2022 para o cargo de senador em Pernambuco (PE) 

Outro ministro a deixar o cargo é João Roma (Republicanos). Ele vai sair do Ministério da Cidadania para concorrer ao governo da Bahia (BA)

Marcelo Queiroga (sem partido) quer disputar o cargo de senador ou governador da Paraíba (PB). Atualmente, ele comanda o Ministério da Saúde

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PSL), vai anunciar a saída do governo para se candidatar ao senado por São Paulo (SP)

Onyx Lorenzoni (DEM), ministro do Trabalho e Previdência também vai deixar o governo Bolsonaro para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul (RS)

De saída do Ministério do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (sem partido) vai se candidatar ao governo do RN

Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas (sem partido), disputará governo de SP

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), também sairá do Executivo para concorrer ao senado ou governo de Mato Grosso do Sul (MS) 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que 31 de março será um “grande dia”, porque 11 ministros sairão e 11 entrarão. Apesar do número citado por Bolsonaro, ao menos 13 chefes de pastas devem deixar o governo para concorrer a algum cargo nas eleições deste ano 

Quem são os ministros cotados para vice?

Na lista de ministros que o presidente tem como possíveis vices, há apenas uma mulher: Tereza Cristina, atual ministra da Agricultura. Em outras oportunidades, ela já falou do desejo de concorrer ao Senado Federal pelo estado de Mato Grosso do Sul. A ministra está bem posicionada nas pesquisas eleitorais.

Por outro lado, aliados e parlamentares do Centrão próximos a Bolsonaro defendem que Tereza deve ser a escolhida para disputar a reeleição. Eles explicam que a ministra tem bom relacionamento, poderia avançar em áreas nas quais o presidente enfrenta certa “resistência” e que, se ela fosse escolhida como vice, ainda atrairia votos de mulheres.

Do ano passado para cá, no entanto, Tereza Cristina esteve a sós com o presidente em apenas três ocasiões.

Preferência por um general

O entorno do presidente, e o próprio Bolsonaro, defende que a chapa seja composta por um general, a exemplo do que ocorreu em 2018. Nesse caso, o chefe do Planalto conta com dois nomes: Augusto Heleno e Walter Braga Netto.

Nos bastidores, pessoas próximas a Heleno dizem que Braga Netto não conquistaria votos suficientes para Bolsonaro, além de que, o general que chefia o Ministério da Defesa, não tem “traquejo político”.


Já o entorno de Braga Netto diz que o ministro tem habilidade, sim, para atrair votos, e ressalta que o general seria mais um aceno à base mais radical do presidente, que o ajudou a chegar à Presidência nas últimas eleições. O próprio vice-presidente Hamilton Mourão disse que o colega de farda é “extremamente capacitado” para exercer o cargo.

De acordo com registros oficiais, Bolsonaro tem um favorito. De abril do ano passado para cá, o presidente esteve com Braga Netto em oito ocasiões enquanto Augusto Heleno se reuniu a sós com o chefe do Executivo apenas uma vez.

Sanfoneiro de Bolsonaro

Conhecido como o “sanfoneiro de Bolsonaro”, o ministro do Turismo, Gilson Machado, entrou recentemente para o quadro do presidente. Os dois se reuniram três vezes de abril do ano passado até a última semana.

Há quem diga que o nome de Machado na lista de possíveis vices trata-se apenas de um “balão de ensaio”. O ministro, no entanto, é visto como alguém “fiel” aos pensamentos do mandatário e, por ser pernambucano, conquistaria votos no Nordeste – única região em que Bolsonaro foi derrotado por Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições de 2018. Na ocasião, o ex-capitão conquistou 30% dos votos, enquanto o petista teve 69%.

De acordo com um levantamento do Metrópoles, Bolsonaro mais que triplicou viagens aos estados do Nordeste em três anos de governo. O movimento é visto como uma tentativa de o presidente melhorar sua imagem na região que mais o rejeita, de acordo com as pesquisas.

Com estratégias definidas, Bolsonaro busca conseguir mais apoio na região, reduto eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No ano de estreia no comando do Palácio do Planalto, Bolsonaro visitou o Nordeste em apenas cinco oportunidades.

Em 2020, mesmo durante a pandemia, ele mais que dobrou as viagens para a região, acumulando 12 visitas a estados nordestinos. Já no ano passado, o presidente esteve 19 vezes na localidade, segundo registros oficiais.

Viagens de Bolsonaro pelas regiões do país

Fonte - Metrópoles

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