Mariana descobriu ser a mãe biológica da filha de Geruza Ferreira por meio de exame de DNA. As meninas foram trocadas na maternidade
Por -Manoela Alcântara
Reprodução/TV Globo
Ao ver noticiado em jornais a troca de uma menina, hoje com 7 anos, na maternidade do Hospital Regional de Planaltina, Mariana Bispo da Silva (foto em destaque), começou a suspeitar que a troca poderia ter sido com ela. A filha de Mariana nasceu 5 minutos depois do bebê de Geruza Fernandes Ferreira, 38 anos.
Sete anos após a troca, as duas mães descobriram os paradeiros das filhas biológicas em 27 de outubro. O resultado do exame de DNA, realizado pelo Instituto de Pesquisa DNA Forense, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), confirmou o erro da unidade de saúde.
“Quando vi o horário de nascimento da minha filha, fiquei abalada. Ela nasceu 5 minutos depois, na mesma maternidade. Suspeitei que poderia ser minha filha”, afirmou Mariana Bispo da Silva, que teve a identidade relevada neste domingo (31/10), pelo Fantástico, da TV Globo.
As crianças nasceram em maio de 2014 e, este ano, foi confirmada a troca dos bebês por meio de exames de DNA. “A filha biológica dela [Geruza] estava com outra família mesmo. A parte que cabe à polícia foi encerrada. Agora é trabalhar a questão psicológica entre todos os envolvidos”, disse o advogado de Geruza, Adivacy Silva ao Metrópoles.
As meninas ainda não viram as mães biológicas e não sabem o que ocorrerá daqui em diante, mas já fazem tratamento com psicólogos. “Se eu puder dizer algo à minha filha [biológica] é que eu sei que ela está em boas mãos. Tem uma mãe maravilhosa, que dá amor e carinho. Para minha filha, que está comigo há sete anos, enquanto eu viver, estarei ao lado dela”, disse Mariana ao Fantástico.
Geruza Fernandes e a filha biológica - Foto Arthur Menescal
Caso de polícia
O caso é apurado pela 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) e corre em segredo de Justiça. Fora do âmbito policial, o processo tramita na área cível. Em agosto, o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) estabeleceu o pagamento de R$ 300 mil a título de danos morais em favor de Geruza. A Justiça entendeu que a troca de bebês ficou comprovada. No entanto, o GDF recorreu da decisão e Geruza ainda não recebeu a indenização.
Em entrevista ao Metrópoles, a dona de casa relatou os momentos de angústia que a acompanham desde novembro de 2019. Naquela data, a mulher descobriu que a filha havia sido trocada na maternidade.
Geruza conta ter descoberto a situação após o ex-companheiro não realizar o pagamento da pensão alimentícia e levar a criança para realizar um teste de DNA. “Ele a buscou sem minha permissão, levou a um laboratório particular e fez o exame. Na primeira audiência de conciliação, ele já alegou que ela não era filha biológica dele e queria tirar o nome da certidão de nascimento”, explica.
Ao submeter-se ao teste, a dona de casa, que trabalha vendendo lanches em um terminal rodoviário no Plano Piloto, teve uma surpresa ainda maior: o resultado mostrou que ela não era a mãe biológica da garota. “Fiquei desesperada como mãe e, como mulher, tinha certeza de que ele era o pai”, declara.
Foi, então, que teve início uma batalha judicial e emocional. “É uma coisa que mexe com toda a família. Estou em depressão, são várias noites sem dormir, porque fico me perguntando o que aconteceu com minha filha biológica”, releva Geruza.
Fonte - Metrópoles
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