Nessa segunda-feira, a capital registrou média móvel de 134 pessoas infectadas pelo coronavírus. É o menor número desde 25 de abril de 2020
Hugo Barreto/Metrópoles
Às vésperas de flexibilizar o uso de máscaras em ambientes abertos, o Distrito Federal registrou o menor número de novos casos de Covid-19 desde 25 de abril de 2020. Nessa segunda-feira (1º/11), a capital do país computou média móvel de 134 pessoas infectadas com a doença.
Tal indicador não corresponde, necessariamente, à totalidade de diagnosticados com o coronavírus em Brasília, que, atualmente, somam 2.850 indivíduos, mas, sim, ao de resultados dos testes positivos no dia.
Assim como os óbitos causados pela Covid-19, as ocorrências positivas apresentam variações diárias. Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, utiliza-se a média móvel. Trata-se da soma das mortes ou de doentes divulgada em uma semana dividida por sete.
Veja o gráfico da média móvel de novos casos:
Os novos casos de Covid-19 estão diretamente relacionados ao índice R(t), que mede a taxa de transmissão do coronavírus. Segundo o boletim epidemiológico feito pela Secretaria de Saúde nessa segunda, a taxa está em 0,75. Isso significa que 100 pessoas infectadas transmitem a Covid-19 para outras 75. Assim, pode-se dizer que a doença está em queda no DF.
A soma desses fatores fez o GDF flexibilizar as restrições sanitárias a partir desta quarta-feira (3/11). Além de desobrigar o uso de máscaras ao ar livre, o Palácio do Buriti confirmou que as aulas na rede pública voltam a ser 100% presenciais. Professores que se recusarem a comparecer terão o ponto cortado pela Secretaria de Educação do DF.
Na semana passada, já impulsionado pelo arrefecimento da pandemia, o governador Ibaneis Rocha (MDB) autorizou os estabelecimentos a funcionarem de acordo com o horário previsto no alvará, e não mais conforme decreto. O texto beneficia restaurantes, bares, academias e shoppings da capital federal.
No mesmo documento consta a redução da necessidade de distanciamento entre as mesas em restaurantes, bares e centros gastronômicos. A atualização permite o espaço de 1 metro entre elas (até então, eram 2 metros).
As aulas coletivas em academias, como dança e esportes, também foram liberadas, assim como o compartilhamento de equipamentos de musculação.
Controle da pandemia
Para o infectologista e especialista em gestão de saúde Hemerson Luz, as medidas anunciadas recentemente acompanham o ritmo da doença na capital do país. “Estamos com taxa de transmissão baixa, o que denota controle da pandemia. A média móvel de mortes vem diminuindo, a ocupação das UTIs está fora do ponto crítico faz tempo. Isso dá abertura para essa flexibilização”, opinou o profissional.
Segundo o médico, no entanto, a dispensa no uso de máscaras não pode ser indiscriminada. “Tem de ter protocolo. O lugar aberto é definido como espaço seguro, mas ainda existe possibilidade de contaminação, então, poucas pessoas devem permanecer juntas e, preferencialmente, do mesmo núcleo familiar”, explicou Hemerson.
No entendimento do infectologista, a melhora nos indicadores foi proporcionada pelo ritmo acelerado da vacinação no DF.
Fonte - Metrópoles
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