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(VÍDEO) - Tribunal do Crime: Polícia apura mortes de jovens, relação com facções, covas abertas e vídeos compartilhados

De acordo com apuração do portal e informações de investigadores, os criminosos passaram a mirar o sexo feminino


Há alguns meses você deve ter visto alguma notícia sobre um suposto ‘tribunal do crime’, que seria uma guerra entre facções que estaria resultando na morte de mulheres -em sua maioria, muito jovens- de forma bastante violenta. Enterradas vivas, tiro a queima roupa… tudo com registro em fotos e vídeos.

A reportagem do ouviu os delegados que estão responsáveis pelos casos de cinco mulheres que foram mortas desde o começo do mês de março até os últimos dias do mês de abril. São jovens, com idades entre 16 a 30 anos. Todas foram executadas, algumas em Teresina e outras em Timon (MA) neste intervalo de cerca de dois meses.

De acordo com apuração do site e informações de investigadores, os criminosos passaram a mirar o sexo feminino. Essas jovens estariam de alguma forma envolvidas com possíveis suspeitos de integrarem o tal “tribunal do crime’. Os crimes foram quase todos praticados todos da mesma forma: as vítimas passaram por uma espécie de interrogatório. Tinham que dar informações sobre envolvimento com suas respectivas facções. Na sequência elas foram torturadas, executadas e enterradas.


COMO TUDO TERIA COMEÇADO

Ainda não há nada oficial repassado pela Polícia, mas acredita-se que um crime foi puxando o outro. A morte de uma jovem identificada como Gisele Vitória da Silva Sampaio, conhecida como ‘Sereia14’, teria sido o estopim. Ela foi morta com fotos suas expostas em diversos grupos de Whatsapp de criminosos, que depois se espalharam em grupos policiais e em redes sociais de jornalistas e de outras pessoas.

As imagens, vídeos e fotos, mostravam a jovem com uma arma apontada para a cabeça e depois viva e, em sequência, já sem vida dento de uma cova. Todas as outras mortes foram semelhantes. Com tortura, questionamentos da facção rival e morte sendo filmada e divulgada.

A reportagem do OitoMeia buscou a Polícia (Civil e Militar) como fonte oficial, mas também ouviu diversas fontes e conseguiu chegar a alguns familiares das vítimas. No caso da Sereia, os criminosos chegaram a crueldade de deixar que ela falasse com o filhinho ainda bebê, se despedisse e avisasse à família através de uma chamada de vídeo, informando que iria ser morta. Acompanhe caso a caso e por fim como a Polícia apura a relação dos casos.Jovens mortas após uma espécie de julgamento entre facções no chamado ‘Tribunal do Crime’ (Fotos: Reprodução redes sociais)

“Sereia 14” (Gisele)

Gisele Vitória da Silva Sampaio era conhecida como ‘Sereia14’. Ela foi dada como “desaparecida” desde o dia 7 de março. Teria sido capturada por membros de uma facção rival à sua. Segundo as investigações policiais, a vítima estava em casa quando saiu em um carro sem dar explicações. Depois de algumas horas, Gisele, a Sereia, entrou em contato por chamada de vídeo pedindo para ver o filho de 2 anos pela última vez. Essa informação o OitoMeia obteve, de forma exclusiva, ao conseguir entrevistar alguns familiares.

“Depois de algumas horas que ela tinha sido levada, ela fez uma chamada de vídeo pedindo para ver o filho de 2 anos pela última vez. Em seguida, disse: ‘vão me matar’. Já depois de sete dias apareceram fotos dela cercada de criminosos, uma arma e depois uma foto do corpo dentro de uma cova. Foi quando tive a certeza da morte dela”, disse a avó Maria de Fátima.

Sete dias depois, mais precisamente em dia 14 de março, as imagens de Sereia estava em alguns grupos de WhatsApp com armas apontadas para a sua cabeça. Era a prova que uma facção mostrava para outra. Como se dissessem: “Olha aqui o que somos capaz de fazer”. Surgia aí, de forma explícita, a denominação ‘tribunal do crime’. Como mostram as três imagens abaixo, a jovem com a arma apontada para a sua cabeça, depois ainda dentro da cova e por fim, já sem vida. O corpo nunca foi encontrado. A família cobra para que possam fazer um “sepultamento digno”.

Sereia no “tribunal do crime” e logo depois na cona possivelmente morta

Sereia já dentro da cova antes de ser possivelmente morta

Joyce Ellen e Maria Eduarda

Fontes da Polícia Civil acreditam que o caso da Sereia teria sido o estopim para que o ‘tribunal do crime’ julgasse mais jovens. Exatos sete dias depois, mais precisamente dia 21 de março, as adolescentes Joyce Ellen, de 16 anos, e Maria Eduarda, de 17, foram mortas praticamente da mesma forma que Gisele. Imagens e vídeos foram bastante compartilhados em grupos de Whatsapp.

O OitoMeia fez a matéria mostrando que em um dos vídeos compartilhados, é perguntado sobre o caso envolvendo Gisele. No que elas afirmam conhecer o suposto autor da morte. Joyce Ellen e Maria Eduarda tiveram de cavar a própria cova antes de serem mortas. As duas foram torturadas e assassinadas no dia 21 de março em região de mata no bairro bairro Parque Aliança, em Timon, Maranhão.

Segundo fontes informaram ao OitoMeia, as duas mortes teriam sido motivadas pelo envolvimento com facções criminosas rivaise aconteceram como uma forma de revide. Nas imagens que foram compartilhadas, elas aparecem cavando a própria cova e depois sendo torturadas e mortas, como mostram as imagens abaixo:



Viúva Negra

No dia 12 deste mês de abril um novo caso foi descoberto também envolvendo uma jovem que seria enterrada após cavar a própria cova. Valdirene Melo de Jesus foi executada com tiros na cabeça no bairro Mocambinho, na zona Norte de Teresina. De acordo com policiais do 9º da Polícia Militar, a vítima foi encontrada já sem vida às margens do Rio Poti.

De acordo com o capitão Oziel, ao chegarem os policiais se depararam com três homens cavando uma cova, que estaria sendo preparada para jogar o corpo de Valdirene. Ao avistarem os policiais, eles correram para dentro da mata atirando.

“Fomos acionados de que no local tinha ocorrido disparos, e ao chegar a equipe se deparou com três homens cavando a cova para enterrar o corpo. Houve troca de tiros e os criminosos conseguiram se evadir do local. Imaginamos que a mulher tenha sido executado pouco tempo antes da chegada da polícia”, disse o militar.

Segundo investigações da Polícia Civil, a mulher tinha o apelido de Viúva Negra e estaria envolvida com um integrante de uma das facções envolvidas no ‘tribunal do crime’. A Polícia Civil apurou que ela tinha algum tipo de envolvimento, visto que os três últimos companheiros dela já foram executados em possíveis rixas. Ela não tinha passagens pela polícia, mas teria envolvimento com pessoas criminosas e sua morte com o corpo em uma cova seria mais uma demonstração da força de uma facção.

Local onde a viúva negra foi encontrada morta

Valdirene Melo de Jesus (Foto:Reprodução/WatsApp)

Tatiana Graziele

Na semana passada, mais precisamente no domingo passado, dia 25 de abril, foi encontrado o corpo, em uma cova rasa na região da Santa Maria, da adolescente Tatiana Graziele Santos Rodrigues, de 16 anos. Ela havia sido dada como “desaparecida” desde o dia 20 do mesmo mês após ter sido sequestrada, supostamente, por membros de uma facção criminosa.

O OitoMeia também conseguiu acesso a familiares, que deram informações sobre a adolescente. De acordo com Cleide dos Santos, mãe da adolescente, a filha tinha um relacionamento com um jovem identificado apenas como Ryan, que é membro de uma facção criminosa. Para a mãe e toda a família, foi isso que motivou o sequestro de morte de Tatiana.

Ryan aparece em uma das imagens onde Joyce e Maria Eduarda foram executadas. O jovem é investigado de ter participação em todos os crimes citados. Segundo uma fonte, o sequestro e morte de Tatiana, que a família tentou de tudo para que ela não se envolvesse com criminosos, teriam sido causados pelo ‘tribunal do crime’ como uma retaliação de rivais. Um vídeo que o OitoMeia teve acesso mostra a adolescente bastante machucada. No vídeo é possível perceber que tem mais de uma pessoa dando ordens para a jovem olhar para a câmera.

“Tá aí meus irmãos a Grazy, lá do Torquato Neto, que cola no Parque Mão Santa. Olha para a câmera, “bora”. Olha aqui, olha”, diz os criminosos, enquanto outro puxa seu cabelo. Assista a seguir:

Adolescente Tatiana Graziela Santos Rodrigues de Jesus, de 16 anos (Foto:Arquivo Pessoal)



O QUE A POLÍCIA ESTÁ APURANDO?

A Polícia Civil informou que os casos ainda estão sob investigação e não dá muito detalhes, pelo menos de forma oficial. O caso da Gisele Vitória da Silva Sampaio, a ‘Sereia14’, que teria desencadeado todos os outros crimes, assim como o da adolescente Tatiana Graziele Santos Rodrigues, de 16 anos, que inicialmente estavam com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, agora foram encaminhados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Isso se deve a uma possível mudança na linha de investigação de cada caso. O DHPP, a propósito, já estava a frente do que levou à morte de Valdirene Melo de Jesus, mais conhecida como Viúva Negra. Já as mortes de Joyce Ellen, de 16 anos, e Maria Eduarda, de 17, seguem sob o comando da Delegacia de Homicídios de Timon, no Maranhão, local onde ocorreram as execuções. Neste caso, vale relembrar, os policiais maranhenses chegaram a alguns dos autores dos crimes e elucidaram que uma mulher identificada como Japa pode ter sido a mandante. Ela foi presa no Rio Grande do Sul como suspeita.

O fato é que os investigadores já sabem que todas os crimes das vítimas citadas nesta reportagem podem ter algum tipo de relação, sobretudo com o chamado ‘tribunal do crime’. As suspeitas de que tiveram envolvimento com facções ou com membros desses grupos criminosos são muito claras. Um detalhe que chama a atenção é que em pelo menos três casos aparece o nome de um suspeito identificado como Ryan. O nome dele completo seria Ryan Rodrigues de Paiva, que já foi dado como foragido. A Polícia estaria querendo descobrir seu paradeiro para elucidar toda a investigação.

Fonte - Portal Oitomeia

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