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Produtora de moda negra diz ter sido vítima de racismo em loja do Shopping Iguatemi em SP

Loja Lool disse que pediu desculpas para a mulher, mas afirma que não houve racismo. Segundo a produtora, a vendedora pediu que ela se retirasse da loja e a tratou com desdém.

Produtora de moda denuncia racismo em loja de shopping em SP

Uma produtora de moda negra disse ter sido vítima de racismo em uma loja no Shopping Iguatemi, na Zona Oeste de São Paulo. De acordo com ela, a vendedora se recusou a atendê-la, a tratou com desdém e pediu para que saísse da loja.

Na quinta-feira (21), Naiara Albuquerque, de 29 anos, foi buscar acessórios emprestados na loja Lool para a atriz Taís Araújo. A retirada já estava combinada com o departamento de marketing da loja.

De acordo com ela, a vendedora da loja se recusou a atendê-la por duas vezes, enquanto recebia outros clientes brancos que chegavam depois.
"Eu me apresentei, falei o que eu estava fazendo ali, falei meu nome, falei quem eu era e imediatamente ela pediu para que eu saísse da loja porque ela tinha outra cliente para atender. Ela estava no meio de um atendimento, ela estava sozinha e [perguntou] se eu poderia voltar daqui 15 minutos. Eu achei que era um procedimento por conta da pandemia", contou Naiara que achou que o pedido para sair da loja era para evitar aglomerações.
Após dar uma volta de 15 minutos pelo shopping, ela retornou e viu alguns clientes dentro da loja e outros entrando ao mesmo tempo.

"Eu fiquei no corredor na frente da loja e outras pessoas estão circulando normalmente e eu não, todas brancas", disse.

"Uma cliente vendo o ocorrido falou que ela poderia me atender e a vendedora voltada pra ela falou com um gesto de desdém, 'não, já falei pra ela voltar em um outro momento'", relatou.

Às 12h36, sem retorno, ela mandou uma mensagem para a funcionária do marketing com quem tinha combinado tudo, mas resposta veio só à noite, com um pedido de desculpas, depois que Naiara denunciou o caso nas redes sociais.

Ela diz que essa não é a primeira vez que é vítima de racismo, e que o crime se manifesta nas atividades mais banais, no dia a dia.

O que diz a loja

Em nota, a loja Lool nega que tenha tido racismo por parte da vendedora que, segundo a direção da loja, também é negra. Contudo, informou que iniciou uma "investigação interna" e entrou em contato com a produtora para ouvi-lá e pedir desculpa pelo ocorrido.

A loja afirmou ainda que ao longo de 12 anos vem trabalhando para construir um ambiente que valoriza o respeito, a pluralidade e a diversidade.

Fonte - Metrópoles

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