Do
Blog do Gama com adaptações
Erivaldo
foi mais um dos presidentes de federação, eleito por clubes que deixa de cumprir
o seu mandato integralmente devido a questões, principalmente políticas, bem
como julgamentos muitas vezes precipitados orquestrados por organizações de
interesses próprios.
Depois
de acusações por irregularidades na gestão da entidade, Erivaldo
Alves acabou renunciando à Presidência da Federação de Futebol do DF no último
dia 05/10.
Dirigente
com raízes da cidade de Santa Maria, Erivaldo Alves foi vice-presidente da
gestão de Jozafá Dantas e acabou cumprindo mandato tampão depois do mesmo ser
afastado por uma assembleia de clubes. Josafá havia sido acusado de desvio de
recursos comprovados durante a sua gestão. Após seu mandato, Erivaldo se
candidatou à presidência e devido a transparência em suas decisões dentro e
fora da entidade, foi reeleito para mais quatro anos. Todavia, foi acusado
de não ter publicado nos balancetes financeiros da Federação um empréstimo
de R$ 300 mil junto à CBF. O recurso teria sido feito para ajudar o Ceilândia
em 2016. O Gato fazia grande campanha na série D na ocasião e passava por
momento financeiro delicado. No entanto Ari Almeida, presidente do Ceilândia
não negou nem confirmou o recebimento total da verba.
O
carro chefe da “revolta” dos clubes partiu de Neimar Frota, ex-Diretor de
Futebol da própria Federação. Neimar deixou o cargo pouco tempo depois de
assumir o Samambaia, clube que estava inativo na última temporada e que
conquistou o acesso para a primeira divisão neste ano (foi vice-campeão). Após
convocar uma Assembleia na sede da Federação, quinze clubes incluindo Gama e
Brasiliense optaram por destituir Erivaldo do cargo.
Duas
coisas chamam a atenção no processo. Erivaldo nunca teve seu nome ligado a
escândalos políticos, tendo sido eleito por ampla maioria para a Federação em
2016. Outro fato estranho é que as contas do exercício do ano passado e que
estão sendo questionado foram aprovados pelos clubes. E para conseguir o número
necessário de votos, Neimar contou o apoio de dirigentes com má fama no
futebol, bem como envolvidos em escândalos políticos, entre os quais se
destacam Fábio Simão (ex-presidente da Federação e atual dirigente do C.R.
Guará) e Manoel Santos (Ceilandense). Há quem diga que outro ex-presidente e
ex-Secretário de esportes também está envolvido na “armação” que culminou no
afastamento de Erivaldo.
Erivaldo
até que conseguiu na justiça uma liminar para retornar ao cargo. Porém, após
ser aconselhado por parentes e amigos, decidiu renunciar.
Em
um dos trechos da sua renúncia, Erivaldo destaca a covardia orquestrada contra
ele e do arrependimento de ter confiado em determinadas pessoas dentro do
futebol. “...Considerando o arrependimento de ter auxiliado e confiado em
pessoas que posteriormente se voltaram justamente contra mim, procurando
dissimular e ocultar suas condutas, já agora confessadas...”. Neste trecho
Erivaldo dá a entender que a frase é proferida ao presidente do Ceilândia, Ari
de Almeida que não negou nem confirmou o recebimento do empréstimo feito pela
FBF ao seu clube, levantando suspeição a gestão de Erivaldo.
Ao
final Erivaldo confirma que a sua renúncia é para o bem do futebol e das
competições realizadas. “...Considerando também a necessidade de pacificação
mínima no âmbito do futebol do Distrito Federal, para que não haja solução de
continuidade nas competições programadas para os próximos períodos e pensando
no bem do desporto do Distrito Federal...venho apresentar a minha renúncia...”
Sem governabilidade para permanecer à frente da FFDF,
Erivaldo Alves reuniu seus advogados e redigiu um documento comunicando a sua
saída da presidência. Bastante chateado, o dirigente pediu um tempo para poder
ser pronunciar. Naquele momento não quis conceder entrevista.
Fonte - Blog do Gama com adaptações Agência Satélite
Leia também em www.agenciasatelite.com.br