A
prefeita de Novo Gama, Sonia Chaves, juntamente com o Procurador Geral do
Município, Lyndon Johson e do Assessor Jurídico da Prefeitura, Tobias Alves, vieram
a público e se pronunciaram a respeito do andamento do concurso público para
ocupação de cargos no Executivo.
Segundo
Sônia Chaves, foi determinado pelo Executivo aos setores jurídicos que se
fizesse um levantamento e fosse informado aos munícipes todas as questões
relativas a suspensão do certame.
De
acordo com o Procurador Lyndon Johson, após analise profunda dos documentos,
foram detectadas várias irregularidades, as quais foram atribuídas à antiga
gestão administrativa do município, na pessoa do então prefeito Everaldo Vidal,
bem como à empresa que coordenou o concurso, levando a atual gestão
administrativa ingressar com ação civil pública de improbidade administrativa, buscando
assegurar os valores pagos pelos candidatos inscritos, na ordem de R$ 1 milhão.
Ainda
de acordo com o procurador, o Juizado de Fazenda Pública do Município expediu
decisão ordenando o bloqueio de bens móveis e imóveis do então prefeito
Everaldo Vidal, também na ordem de um milhão de reais, visando restituir os
valores pagos pelos candidatos ou a continuidade do certame. Ele ainda informou
que de acordo com o posicionamento do judiciário, ficam comprovadas as
“mazelas” cometidas pela antiga gestão com relação à realização do concurso,
bem com, tirar toda e qualquer responsabilidade da atual gestão comandada por
Sônia Chaves.

O
próximo passo, de acordo com o assessor, é aguardar analise mais detalhada do
TCM que está verificando informações do edital que vai sugerir sobre anulação
ou prosseguimento do concurso.
Lembre
o caso:
O concurso público da Prefeitura de Novo Gama,
foi realizado no final do mandato do ex-prefeito Everaldo Vidal e destinava-se
ao preenchimento dos cargos vagos no quadro de servidores do município, de
acordo com o quantitativo constante e, ainda, das que surgiriam no decorrer do
prazo de validade do mesmo, ou seja, nos dois anos seguintes de validade do
certame.
Após a decisão do TCM em suspender
temporariamente o concurso, a então administração municipal emitiu
nota acatando a determinação do órgão (Leia decreto ao lado).
A
notícia repercutiu e vários questionamentos foram lançados com relação à
suspensão do concurso. Tanto a equipe de Everaldo, quando a de Sônia Chaves,
trocaram farpas tentando justificar o ocorrido. Todavia, nenhuma das
explicações convenceram os candidatos que dividem as responsabilidades para as
duas gestões.
Muitos
atribuíram a realização do concurso como sendo uma manobra da equipe de
Everaldo em tentar impedir que a nova gestão pudesse contratar cargos
comissionados para o Executivo, uma vez que o preenchimento das vagas era
imediata. Por sua vez, assessores de Sônia Chaves afirmam que a suspensão só
ocorreu por irregularidades, tanto que, houve manifestação do judiciário para
tal ação.
Para a comissão de candidatos formada para
acompanhar o andamento da situação, apesar das falhas, o certame poderia
continuar e os erros poderiam ser sanados.
“São sete irregularidades apontadas pelo TCM.
Três destas foram consideradas irrelevantes pelo próprio órgão e quatro (itens 1,2,5 e 7) ainda está em
análise, sendo essas quatro responsáveis pela suspensão do certame. Apesar do
edital ter sido elaborado de forma grotesca, esses quatro itens poderiam sim
serem corrigidos sem a necessidade de suspensão do concurso, pois são itens
passíveis de serem sanados.”
Ainda de
acordo com a comissão, os candidatos estão lutando para que haja a correção do
edital ao invés do cancelamento definitivo do concurso, o que prejudicaria muitos
que sonharam em ingressar num cargo público do município.
“Apesar
de haver tantas justificativas legais para o suposto cancelamento, podemos
dizer que essa briga é política. A correção desse concurso está praticamente na
vontade da Prefeitura. Se o concurso for cancelado vocês podem ter certeza que
não houve interesse da chefe do Executivo. Vamos à luta para que a Prefeitura
reconheça a necessidade de estar ao nosso lado ao invés de apenas culpar a
gestão anterior”, finalizou a comissão através de nota.
O
certo mesmo é que o ponto final sobre a anulação ou continuidade do concurso
envolvendo a contratação de servidores será decidido nas mesas dos tribunais e,
se depender da morosidade do judiciário os candidatos não saberão do resultado
tão cedo.
Fonte - Agencia Satélite
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