O final de semana sem dúvida é dos momentos
mais esperados para quem é Santa Maria isso não tem se tornado tão fácil assim.
Os finais de semana da cidade são marcados pela falta de opção de lazer. Em
todos eles são possíveis cruzar com as mesmas pessoas várias vezes em busca de
entretenimento e sem grandes resultados.
Os lugares mais procurados são os barzinhos,
que no caso de Santa Maria, infelizmente é uma escolha arriscada devido à falta
de segurança e os poucos que ainda se arriscam a abrirem até mais tarde para
oferecer um pouco de diversão, estão sempre lotados. Atualmente, a cidade não
tem nenhuma boate e alguns bares que nos finais de semana ainda oferecem música
ao vivo sofrem sansões constantes por falta de alvará e por perturbação do
sossego público.
Fora aos bares, o único ponto de lazer da
cidade para os jovens é o Santa Maria Shopping que ainda é um atrativo, devido
a praça de alimentação e as seis salas de cinema disponíveis no empreendimento.
Todavia, nem todos os jovens da cidade têm condições de custear semanalmente
idas ao shopping, bem como frequentar barzinho. Daí o martírio, pois, além
desses, não há muitas opções de lazer gratuito na cidade. O ponto de maior
aglomeração de pessoas ainda é a praça central, aonde estão localizados os
principais aparelhos públicos e brinquedos para a criançada. Mas, muitos desses
estão em péssimo estado de abandono ou quebrados, o traz risco de acidentes nos
usuários. Além disso, a sujeira e o mato alto ainda contribuem para afugentar
os que ainda insistem em frequentar o local.
André Luiz que é musico e estudante. Ele é um
dos que reclama. “Na verdade, não temos mais para onde ir no final de semana.
Ultimamente a única é a área central. Porém devido o estado em que ela se
encontra, não vale nem a pena sair de casa para frequentar o local”.
A alternativa encontrada para aproveitar o
final de semana, ao encontrar com os amigos, é procurar programas caseiros,
sitio, parques, praças ou programas do gênero em outras localidades. Mas os
jovens também falam que este tipo de programa acaba ficando cansativo, muitas
vezes a turma prefere sair para dançar, badalar, conhecer pessoas novas, e
reuniões caseiras nem sempre oferece essas oportunidades.
“Tem uma hora que cansa. Ninguém quer festa na
sua própria casa o tempo todo. A gente quer sair, se divertir, ir para uma
boate para dançar com a turma. Mas não existem opções para esse tipo de
programa em Santa Maria. Além disto, não há programas do governo que faça com
que o jovem busque diversão a noite. Tempos atrás ainda ensaiaram programas e
festas que atraiam um público até considerável, agora nem isso”, concluiu
André.
Festas
Pelo menos uma vez ao ano a população de Santa
Maria podia se divertir na tradicional Fassanta, festa em comemoração ao
aniversário da cidade que durava aproximadamente quatro dias. A festa era
regrada a exposição agropecuária, rodeio e shows diversos com artistas
regionais e nacionais. Entre os que já se apresentaram na cidade estão a Banda
Calypso, Leonard, Di Paulo e Paullino, Fala Mansa, entre outros grandes nomes
da música brasileira. Todavia, no atual governo, a festa foi suspensa e de
acordo com fontes internas do GDF, devido à falta de recursos, pelo menos nesta
fase não haverá qualquer incentivo para o retorno do evento na cidade.
Para a estudante Bárbara Damasceno da Rocha, o
governo deveria investir em festa populares a serem realizadas nos finais de
semana, aproveitando o coreto da praça central, bem como o palco ao lado da
administração regional. “Existem vários eventos que podem ser realizados nesses
espaços. A administração poderia realizar festivais entre bandas locais, lual,
feiras de artesanato, entre outros. Todos esses eventos teriam o apoio do
governo, mas, o custo seria dos participantes, uma vez que tem bandas que
dispõem de instrumentos capazes de atrair bom público. O que esses artistas não
dispõem é de incentivos para mostrarem os seus trabalhos”, disse.
Parques infantis
Outro problema em Santa Maria, são os parques
infantis entregues para a comunidade há menos de quatro anos e que, os ainda
existentes, estão sem as menores condições de uso. “Foram entregues mais de
vinte parques infantis no interior das quadras residenciais. Mas, os que ainda
insistem em sobreviver trazem risco para as crianças, uma vez que, estão
totalmente danificados e a ponto de cair”, disse a dona de casa Maria de
Lourdes Moreira.
Sem manutenção, muitos desses viraram armas,
bem como madeira para fogueiras. O mato tomou conta e muitos dos locais onde
outrora existiam tais parques viraram pontos de descarte de lixo, entulho e
resto de obras.
Procurado para falar sobre o assunto, nenhum
representante da administração regional retornou as ligações.
Fonte - Agência Satélite
Leia também em www.agenciasatelite.com.br