Agefis
volta a fazer pressão e obriga empresário demolir empresa que funciona há mais
de seis anos em lote na quadra 419. Administração Regional, ao contrário de
antes, diz que nada pode fazer
Mais
uma vez, a exemplo do noticiado em edições passadas, o lote comercial situado
na 419, vira motivo de contenda e Agencia de Fiscalização notifica empresa a
desocupar.
O
lote na área do Pró-DF, virou alvo de várias disputas e acabou se tornando peça
de várias ações judiciais, sem mérito até o momento. Localizado na AC 419,
conjunto F, lote 03, o terreno pertence a exemplo da quadra comercial ainda é
alvo de disputa judicial entre particulares, governo federal e GDF e não foi,
até o momento regularizada, bem como sem previsão para tal, ou seja, não possui
proprietário legal.
A
problemática é tamanha no local que “grileiros”, sabendo da situação da área,
se fazem de representantes de “quilombolas”
e tentam intimidar os empresários instalados no local afim de desocuparem ou
comprarem dos, segundo eles, “reais donos”, se valendo de documentos fabricados
em “fundos de quintais”, para
convencer os atuais ocupantes.
Até
o momento e de forma geral, a área não tem dono, em tese, pois, por estar em
poligonal do DF a Terracap é a guardiã.
Os
vários ocupantes, receberam do governo “Termos
de Ocupação”, para se instalarem no local e vários, agindo de boa-fé e
querendo desenvolver o comércio local edificaram suas empresas, investindo
vários milhares de reais. É o caso do empresário Paulo Roberto dos Santos, que
está no referido lote há mais de seis anos, fomentando emprego e renda para a
cidade.
A
disputa pelo lote, chegou ao extremo, pois é “somente haver a troca de administrador, começa também as investidas da
Agefis”. De acordo com o empresário, a última que passou foi a denúncia
(fantasiosa) de que ele estava construindo um prédio de andares no local. Ao
ser deslocada, a Agefis constatou que não havia qualquer edificação a mais do
que já existia anteriormente (somente um galpão com cobertura improvisada) “ao contrário de muitas edificações em lotes
invadidos na quadra”. Segundo o empresário tudo está de acordo com o descrito
no processo que corre na esfera judicial do DF.
Em
retomada que aconteceu em 2009, antes da ocupação pela atual empresa, o lote
passou aproximadamente um ano e meio desocupado e virou refúgio de insetos e
animais peçonhentos, devido ao acumulo de lixo e entulho despejado de forma
desenfreada, bem como esconderijo de marginais e ponto de comércio e consumo de
drogas. Foi quando o empresário Paulo Roberto dos Santos, proprietário da
Marmoraria e Serralheria Espírito Santo resolveu limpar o local e acondicionar,
de forma provisória, maquinários e estoque da sua empresa.
Durante
os quase seis anos que está no local, conseguiu junto aos órgãos responsáveis
as instalações de água, luz e o registro de sua empresa e ali, já consolidado,
passou a gerar aproximadamente vinte empregos diretos e indiretos, envolvendo
mais de cinquenta pessoas no seu ramo comercial, que atualmente funciona como
marcenaria, serralheria e marmoraria, bem como pequenos reparos, fomentando
emprego e renda para a cidade.
Após
fazer melhorias no local, passou a ser alvo do que chama de perseguição, pois
começaram a aparecer pessoas tentando retirá-lo a todo custo de lá. “De quatro anos para cá, não tenho mais
sossego. Antes eram algumas pessoas que se diziam proprietárias e agora, são
ficais da Agefis que não param de aplicar multas e me forçar a desocupar o
local, inclusive me levando a esfera judicial, de onde, inicialmente, só tive
derrotas. O interessante é que não sou o único irregular aqui na quadra. Porém,
eles (Agefis) só vem aqui”, disse.
“Quando o lote estava sujo e
cheio de bichos, ninguém estava brigando por ele, agora que fiz apenas uma
limpeza e edifiquei um galpão de forma provisória, dizem que sou invasor e não
tenho autorização para permanecer no local. Se eu não tenho, mais de setenta
por cento que estão aqui na quadra também não tem. Assim, porque eles só vêm
aqui na minha porta? O que quero é trabalhar e fomentar emprego e renda para
cidade e isso venho fazendo há quase seis anos, bem como quando houver a
regularização da quadra. Quero ter o direito de compra”,
enfocou.
Paulo
ainda explica das consequências da sua saída do local. “Acredito que o interesse aqui é a especulação, querem que eu saia
daqui a todo custo para poderem vender a outra pessoa. Todos sabem disso aqui.
Se fizessem somente pela irregularidade na ocupação teriam que fazer isso com
mais da metade da quadra e isso eles não vão fazer nunca”, desabafou.
De
acordo com o empresário, o que mais lhe causa dúvidas é que já fez várias
consultas aos órgãos legais e não existe qualquer documento sobre a existência
do lote em questão, ou que esse tenha alguma indicação “Na qualidade de comerciante e gerador de emprego e renda para a
cidade, espero que os órgãos competentes me concedam a preferência de
permanecer no local, pois já estou aqui a quase seis anos, sempre atendendo a
população de forma responsável, bem como pagando fielmente todos os impostos
previstos em lei”, enfatizou.
É
comum encontrar na região lotes com placas de “vende-se”. Agora, perguntar não ofende: Pode vender o que não é
seu? A resposta parece está clara para a interpretação de várias pessoas que
convivem com a realidade do local, pois, não a qualquer fiscalização para
combater tais crimes. Então o porquê da “perseguição”
ao empresário Paulo, que não comprou lote algum e sim, apenas ocupou um lote
que até então estava vago e causando risco à população?
“À época, a Administração Regional
informou não havia qualquer autorização para ocupação do e que esse pertencia à
Terracap. Todavia não tinha condições legais de atuar sobre o assunto em
questão, a não ser encaminhar o caso aos órgãos competentes para as
providências necessárias. Porém, o atual administrador veio me chamar de
grileiro e disse que eu teria que desocupar o local o quanto antes. Espere um
pouco, antes não podia e agora pode? ”, perguntou
Ainda
de acordo com Paulo, a sua empresa já acumulou mais de 30 mil reais em multas
emitidas pela Agefis, das quais muitas não têm condições de salda-las de uma só
vez e ainda e ainda, no caso de sua saída do local não possui outro lugar para
instalar sua empresa, deixando de gerar emprego e renda para a cidade. “Disse anteriormente que desocuparia o lote
caso houvesse qualquer notificação naquele momento (nos primeiros anos). Porém
me deram condições de legalizar a minha empresa no local e só começaram as
notificações, cerca de dois anos após a instalação e consolidação da minha empresa
aqui no local. Assim não acho justo ter que sair agora, após todo trabalho que
tive. Alguém mentiu aqui e esse alguém não fui eu, pois pelo pouco que entendo,
estou sendo vítima de perseguições e pressões, para que eu ceda o local para
outra pessoa. Sou um dos maiores geradores de empregos aqui do setor, com 20
empregos diretos e indiretos. Assim, gostaria muito de ser respeitado como tal
e se possível ver solucionado esse que acredito ser um impasse de fácil
solução”, finalizou.
Fonte - Agencia Satélite
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