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CELINA LEÃO CONDENA INVASÕES A DOMICÍLIOS PRATICADAS PELA AGEFIS E DIZ QUE O PODER PÚBLICO NÃO PODE SER SELETIVO

CELINALEAO98A deputada Celina Leão, presidente da Câmara Legislativa, condenou as ações ilegais de invasão de domicílios durante as operações de derrubadas da Agefis. Ela disse ainda que Bruna Pinheiro, não pode ser seletiva ao tratar pessoas ou posição social de um grupo de pessoas que pode receber notificações ou não sobre derrubadas de imóveis que supostamente estejam em áreas públicas.
                                                                   
LETRA Ao se reunir com um grupo de lideranças de condomínios e moradores do Bougainville na terça-feira (24), a presidente da CLDF, Celina Leão (PDT), disse que o projeto de lei da deputada Telma Rufino que altera a lei 2.105, que dispõe sobre o Código de Edificações do Distrito Federal, aprovado pela Câmara Legislativa, vai acabar com o poder de seletividade que vem sendo praticado pelo Agefis.
A distrital lembrou que na desocupação da orla do Paranoá, onde mora a classe rica de Brasília, todos os moradores do Lago Norte e do Lago Sul foram notificados, meses antes das operações acontecerem.
“Tanto é que os moradores tiveram a chance de recorrerem à justiça para garantir seus direitos outros se anteciparam por recuar da área ocupada. Mas isso não é o mesmo que vem acontecendo nos condomínios e nas comunidades mais pobres como na 26 de Setembro, no Por do Sol e no Sol Nascente ou em Vicente Pires onde a Agefis chega, invade casas, prende e derruba o imóvel”, disse.
A deputada após ver um vídeo sobre as invasões de casas feitas pela Agefis no condomínio Bougainville, classificou o ato como um “horror”. Ela lembrou que durante o Massacre da Chácara 200, em Vicente Pires, uma criança que havia retornado da escola para casa não conseguiu chegar aos seus pais e ficou perdida o dia inteiro em meio aos escombros de 25 casas demolidas pelos tratores. “Essa criança tinha o direito de ser protegida pela autoridade. Isso vem acontecendo em várias operações realizadas pelo Agefis”, ressaltou.
OPINÃO RADAR
Fala-se nos corredores da Câmara Legislativa que os deputados só tomam alguma posição em favor do povo se esse mesmo povo brandir raivosamente das galerias em dias de sessões. Na terça-feira (24), a galeria do plenário principal da Casa ficou lotada por moradores de condomínios revoltados com as invasões de domicílio, espancamentos e prisões dos que se negam a sair de dentro de suas próprias casas e consequentemente a derrubada ilegal de seus imóveis. Isso ocorreu no Bougainville, no Sol Nascente, em Vicente Pires, na Estrutural e na 26 de Setembro. É a lei do “invade, prende e arrebenta”.
Um requerimento da lavra do deputado Ricardo Vale (PT), presidente da Comissão dos Direitos Humanos, que pedia a convocação de Bruna Pinheiro para explicar por que a Agefis, órgão que dirige, vem cometendo crime de invasão a domicílio e crime contra a dignidade da pessoa humana, foi jogado de escanteio no meio de uma manobra sussurrada e imperceptível dentro do plenário.
O requerimento levado ao plenário pelo deputado chegou a ter apenas dez assinaturas a favor da convocação de Bruna, menos do que poderia ter para a sua aprovação. Aos poucos, o requerimento foi se desfigurando ate se tornar em um afável “convite” a ser feito a presidente da Agefis. O líder do governo, deputado Júlio Cesar foi o primeiro a ser contra e começou a pedir aos seus colegas, que possuem alguma coisa no governo, para declinar da convocação.
“Que tal ser um coinvite? Esse até eu apoio e garanto a presença da Bruna a esta Casa”, disse ele. O deputado não ver nada demais agentes públicos, sob o comando de Bruna Pinheiro, invadirem sem qualquer mandado de segurança o asilo inviolável do cidadão, garantido pelo artigo 5 da Constituição.
Pelo que foi acertado por suas “excelências” da Câmara Legislativa, Bruna Pinheiro irá comparecer no próximo dia 7 de dezembro, às 15 horas, com o direito de mentir e falar o que quiser. Vai ter também o direito de ser defendida. Tudo isso, graças à blindagem feita por uma instituição que, em tese, teria a obrigação de cobrar o cumprimento da lei e defender a dignidade da pessoa humana.
É por isso que a classe política segue cada vez mais desacreditada perante a uma população que paga caro para manter um legislativo que serve apenas para dizer amém. Que os senhores deputados provem ao contrário!
Da Redação Radar

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