Descaso e omissão são considerados algumas
explicações que justificam os vários problemas enfrentados e estão tirando o
sono dos moradores, cansados de esperar por soluções do poder público.
Mais uma vez neste ano, denúncias de abandono e
omissão do poder público chegam aos veículos de imprensa que mostram a
verdadeira situação em que se encontra a cidade quando o assunto é gestão
administrativa.
Em pouco mais de nove meses à frente da
administração local, a equipe comandada por Nery do Brasil ainda encontra
dificuldades em gerenciar os serviços básicos que a população necessita no dia
a dia. Talvez por falta de experiência administrativa, a equipe da atual
Administração Regional passa pelo demérito de receber uma boa avaliação, sendo
considerada mais uma que passou pela cidade. A aprovação do político Nery junto
à comunidade caiu muito devido a fragilidade da sua gestão que possui mais
discurso do que trabalho propriamente dito. “Esperávamos
mais do nosso administrador, ainda mais por ser uma pessoa sem indicação de
distrital e com transito direto junto ao governador e até agora foram mais
discurso do que ação”, resumiu uma liderança local.
Outro fator preocupante é a insegurança que
aumentou nos últimos dias e o grave problemas da saúde, tendo em vista que o
setor de pediatria do hospital regional da cidade está fechada há mais de um
ano, bem como existe a ameaça iminente de fechamento da maternidade por falta
de servidores. Esses e outros problemas estão tirando o sono dos moradores. “Estamos esquecidos e ninguém toma
providência alguma. Será que precisaremos aparecer nas páginas dos jornais para
sermos ouvidos? ” Perguntou a dona de casa Maria do Carmo Souza.
Inicialmente, para justificar a falta de ações da
Administração, pregava-se a falta de pessoal e maquinário a impedia de realizar
os serviços básicos em Santa Maria. Agora com a chegada da estrutura pouco
mudou na vida dos moradores. As ruas estão esburacadas, esgoto transbordando a
céu aberto, lixo por toda parte, invasão de áreas púbicas que cresce assustadoramente
a cada dia e toma conta da cidade, bem obras particulares irregulares são
erguidas dia a dia em toda a sua extensão e sem qualquer fiscalização dos
órgãos competentes, são alguns dos problemas enfrentados pelos moradores.
É certo que algumas benfeitorias estão sendo
realizadas pela atual gestão, das quais podem ser destacadas o nivelamento e
identificação de ruas no Porto Rico, a instalação do Senac, que diga-se de
passagem, é uma reivindicação antiga dos moradores. Todavia, houve um empenho
maior por parte da atual administração. Assim mesmo, o trabalho realizado pela
atual gestão que administra Santa Maria está longe de ser considerada o mínimo
que a população tanto necessita. “Infelizmente
nem a poda das arvores das avenidas Alagados e Santa Maria a administração está
conseguindo realizar. Se não fosse aquele senhor para podar parte das árvores
da Avenida Santa Maria, as árvores estavam tomando conta da via, a exemplo do
que está acontecendo na Alagados”, resume a professora Ana Mara Ribeiro.
Por falar em poda de árvores, na Avenida
Alagados esse serviço foi esquecido pela Administração Regional. As árvores
estão invadindo a via e causando transtornos tanto a pedestres quanto para os
motoristas, uma vez que, principalmente próximo das faixas de pedestres, a
sinalização está encoberta pelas galhas das árvores, bem como é impossível
notar a presença de algum pedestre nas suas imediações em determinados
momentos. Assim, ambos correm risco de sofrerem qualquer tipo de acidente,
também há o fato de risco de assaltos a transeuntes da ciclovia certas horas da
noite, uma vez que os marginais se escondem nas árvores para cometerem assaltos.
Procurada para falar sobre o assunto, a
Administração Regional por meio de um assessor informou que o órgão já está
tomando providências e que nos próximos dias estará iniciando a poda das
árvores na Avenida Alagados, bem como já há uma solicitação para a Novacap
promover operação tapa buracos nas ruas da cidade. “Agora, após nove meses de governo e justamente no período que avizinha
as chuvas. É brincadeira! Esse serviço não vai nem iniciar direito, pois
servidor público não trabalha na chuva”, relatou o aposentado Raimundo
Rocha.
As invasões de áreas públicas também se
tornaram um problema para a atual gestão. No início eram apenas cerca de quinze
áreas invadidas com cercamento de arame farpado. Agora, após nove meses de
governo o número já passa de cinquenta e em muitos casos já há a instalação de
rede elétrica e água potável, bem como edificações de alvenaria. Muitas dessas
invasões sofreram desocupação e que em menos de 24h, tornaram a serem ocupadas
a olhos nus dos gestores administrativos da cidade “que se fizeram de cegos”
diante do problema! Exemplo são dois terrenos localizados na CL 419 e CL 200,
onde o governo realizou operações para a desocupação por mais de uma vez e em
pouco tempo, voltaram com suas edificações erguidas e atualmente com todas as
benfeitorias. “Parece até que foi
combinado com a Administração, pois fizeram de conta que realizaram derrubada.
Porém, em menos de 24h os invasores retornaram e tornaram a edificar os
imóveis. Ainda há o fato de que, com relação ao lote da 419, eles só retiraram
a cerca e mantiveram a edificação. Por que será que o órgão procedeu dessa
forma sendo que a ordem era para derrubar? ”, falou um respeitável advogado
local.
Durante os 26 anos de Santa Maria, várias
perolas passaram pela Administração Regional com a intensão de ajudar no
desenvolvimento da cidade. Todavia, muitas dessas mais atrapalharam do que
colaboraram. Foram exemplos de todo o tipo de situação, até ao ponto de desvio
de recursos públicos e agora omissão. Pelo andar da carruagem, a atual gestão
que comanda a cidade ficará marcada como a administração que nada fez para
preservar as áreas públicas da cidade, tomadas por invasões e isso é ruim para
a população. Porém, parte das pessoas que se dizem lideranças em Santa Maria
não são capazes de proteger o seu patrimônio a não ser viver de “acordos”. Nisso, fica fácil administrar.
Fonte - Agência Satélite
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